O presidente da Aracruz Celulose, Carlos Aguiar, reafirmou a intenção da empresa em fincar raízes no Rio Grande do Sul. Ele, no entanto, deixou escapar, talvez propositalmente, que “outros Estados com legislação ambiental definida estão pressionando para levar a fábrica da Aracruz”.
As declarações foram dadas ontem (25/04) pela manhã após a apresentação de um estudo da Fundação Getúlio Vargas sobre os impactos socioeconômicos da Aracruz nos Estados onde atua e no país.
Aguiar afirmou que o licenciamento ambiental para os plantios de eucalipto e instalação da nova fábrica em Guaíba pode comprometer investimentos de US$ 1,5 bilhão no Estado nos próximos três anos.
Segundo o presidente da Aracruz, o governo gaúcho deve decidir se manterá os investimentos florestais e industriais no Estado. Sobre licenciamento ambiental, Aguiar lembrou ainda que a licença para o plantio expira no final deste semestre e para a instalação da fábrica, no final do ano.
Outras duas grandes empresas,
Votorantim Celulose e Papel e
Stora Enso, já haviam confirmado seus investimentos na semana passada, apesar de reclamarem dos entraves ambientais no Estado.
(Por Carlos Matsubara, Ambiente JÁ, 25/04/2007)