O diretor-presidente da Aracruz Celulose e presidente da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas, Carlos Aguiar, disse ontem (25/4) que a empresa admite rever a expectativa de investimento no Estado se a licença ambiental para plantar eucalipto não for concedida pelo governo até o fim do primeiro semestre. Conforme Aguiar, a instalação da nova fábrica em Guaíba, que deve receber investimento de 1,5 bilhão de dólares nos próximos três anos, também pode ficar comprometida se a licença não sair até o fim do ano.
'Outros estados estão pressionando para que a nossa fábrica seja instalada em outro local, mas aqui no Rio Grande do Sul temos experiência, mão-de-obra e clima favorável.'Aguiar participou, em Porto Alegre, do lançamento do relatório 'Das árvores aos lares', divulgado pela companhia e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Informou que o setor florestal é responsável pelo índice de 10% do superávit comercial do país, com exportação de 5,2 bilhões de dólares e importação de 1,5 bilhão de dólares. Pelo levantamento, a participação da Aracruz no PIB de 2003 de Guaíba, onde está instalada, foi de 13,8%.
O estudo ainda indica que o impacto das atividades florestais da companhia no segundo semestre de 2003 levou à alta de 7,3% na renda do campo em Barra do Ribeiro, 6,3% em Butiá e 5,2% em Arroio dos Ratos. A Aracruz Celulose injetou R$ 1,545 bilhão nas fábricas e florestas, gerando renda de R$ 1,852 bilhão. As atividades também sustentaram 98,5 mil empregos diretos e indiretos em 2003.
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Correio do Povo, 26/04/2007)