A economia chinesa pode continuar em disparada e manter as emissões de gases do efeito estufa sob controle ao mesmo tempo, se iniciar a substituição dos combustíveis fósseis e cortar o consumo de energia, disse o grupo ambientalista Greenpeace. Em relatório apresentado durante uma conferência ambiental Euro-Asiática, o Greenpeace disse que, com a ajuda de outros países, a China - maior produtor e consumidor de carvão do mundo - poderia sustentar crescimento econômico e limitar as emissões de dióxido de carbono nos níveis de hoje, até 2050.
"No entanto, isso só será possível se países industrializados e países em desenvolvimento trabalharem juntos para transferir investimentos para longe dos combustíveis fósseis e da energia nuclear, e rumo à eficiência energética e energia renovável", disse Liu Shuang, do Greenpeace China. O grupo disse que os delegados à conferência, realizada na capital dinamarquesa, deveriam pedir que o Banco de Desenvolvimento Asiático transfira todos os financiamentos de energia para fontes renováveis e medidas de eficiência.
O Greenpeace já havia acusado o banco de contribuir com o aquecimento global, ao financiar instalações que queimam carvão. Representantes da instituição argumentam que é preciso levar em conta os interesses e necessidades dos países-membros, muito dos quais têm acesso barato ao carvão. A China tem a meta de cortar as emissões de poluentes em 2% ao ano, entre 2005 e 2010, mas já reconheceu que o objetivo não foi cumprido no ano passado.
(Associated Press, 25/04/2007)