A entrada do Rio Grande do Sul no mercado brasileiro produtor de etanol tem causado expectativas aos agricultores gaúchos. Atualmente, a área destinada à cultura de cana-de-açúcar no Estado é de 35 mil hectares. A produção gerada em 25 mil hectares serve ao consumo nas propriedades (comercialização informal e ração animal) e o restante destina-se à elaboração de cachaça, açúcar mascavo, melado e álcool.
Projeções do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), de Piracicaba (SP), apontam que é possível instalar dez usinas à base de cana-de-açúcar no Estado, numa área plantada de 300 mil hectares – com faturamento total de R$ 1,2 bilhão/ano. A longo prazo, calcula-se investimentos maiores, chegando a 50 usinas, com uma área plantada chegando a 1,5 milhão de hectares, com produção de 100 milhões de toneladas.
Na audiência pública desta quinta-feira, técnicos científicos irão analisar este novo mercado e compartilhar experiências de outros estados. Entre os participante do encontro estão o diretor da empresa paulista Granol, Juan Diego Ferres; presidente da Coperbio, Romário Rosseto; presidente da Brasil Ecodiesel, Guilherme Raposo; e o presidente da Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), Luiz Augusto Pereira. As linhas de financiamento para a implantação de projetos de biocombustível serão tratadas pelo coordenador do Projeto Estrutural de Agroenergia para o RS da Fepagro, Nídio Antônio Barni.
A subcomissão criada no Legislativo para tratar de estudos relativos à cana-de-açúçar, álcool e etanol é relatada pelo deputado Heitor Schuch (PSB). O encontro terá início às 9h30min, na sala José Antônio Lutzenberger, no 4º andar da Assembléia Legislativa.
(Por Joana Colussi, Agência de Notícias AL-RS, 25/04/2007)