A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) e o Banco Real prestaram contas, na manhã desta terça-feira, 24/4, dos resultados atingidos pelo projeto papa-pilhas, iniciado em janeiro deste ano. Na oportunidade, o coordenador do projeto, da Consultoria Socioambiental do Banco, Victor Kamphorst, afirmou que foram arrecadadas 6,2 toneladas em 100 dias, em 175 pontos, cabendo a Porto Alegre a metade do total, seguida de Campinas e João Pessoa.
Em maio, o projeto será ampliado para a Região Metropolitana e, a partir do segundo semestre, para o restante do Estado. Além da coleta, o banco desenvolve ação educacional com premiação de alunos, professores/orientadores e escolas.
O secretário Beto Moesch salientou a atividade de ecoeficiência do Banco Real, acrescentando que esse é um ato de governança solidária, em que empresa, Prefeitura e sociedade se engajam num programa voltado para a cidade. "É a cidade cuidando da cidade através de parcerias”, acrescentou.
O titular da Smam afirmou que agora o programa entra numa segunda fase, com 42 novos pontos de coleta, além das 13 agências do Banco Real, entre eles Universidade Federal do Rio Grande do Sul, colégios IPA e Americano, Instituto Educacional São Judas Tadeu, Curso Unificado, Hospital Mãe de Deus, e Correio do Povo. Após, Moesch e Victor Kamphorst inauguraram o papa-pilhas que ficará instalado no hall de entrada da Smam.
O Projeto
O papa-pilhas foi implementado pelo Banco Real, em todas as agências de Porto Alegre. O projeto inclui a instalação de estruturas de 1,5m de altura junto aos terminais de auto-atendimento, nos quais os clientes poderão descartar pilhas usadas. A escolha de Porto Alegre para a implantação do programa deu-se em função de uma pesquisa realizada pela professora Nivea Reidler, da Universidade de São Paulo, segundo a qual a capital gaúcha é considerada a cidade com maior consciência ambiental do Brasil. As pilhas coletadas serão transportadas para uma empresa recicladora em São Paulo.
Descarte correto
A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) avalia que o mercado brasileiro consome 1,2 bilhão de unidades de pilhas por ano. Desse total, 800 milhões são originais e 400 milhões são ilegais. Apenas 1% da quantidade de pilha consumida é processada e tem um destino ambientalmente correto. Compostas de produtos químicos tóxicos e poluentes, as pilhas e as baterias podem vazar quando são descartadas em recipientes não-adequados. Para serem recicladas, as pilhas são queimadas em fornos industriais de alta temperatura, dotados de filtros que impedem a emissão de gases poluentes, obtendo-se assim sais e óxidos metálicos que são utilizados na indústria de refratários, vidros, tintas, cerâmicas e química em geral.
(Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Porto Alegre, 24/04/2007)