(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2007-04-25

 

Mudança climática aumenta o risco de ondas de calor e fortes tempestades no país. Aquecimento global ameaça o turismo nas regiões alpinas, prevêem meteorologistas. Quarenta ONGs criam "aliança pelo clima" em Berlim. A acelerada mudança climática vai provocar o desaparecimento gradativo das condições para o esqui no sul da Alemanha. Em compensação, o aumento da temperatura trará vantagens para os balneários do país. O nordeste alemão torna-se cada vez mais seco, o sudoeste mais úmido.

 

É o que constata o Serviço Alemão de Meteorologia (DWD), que nesta terça-feira (24/04) apresentou em Berlim estatísticas sobre as condições climáticas nos últimos cem anos na Alemanha e alertou para as conseqüências sociais do aquecimento global. A principal conclusão do DWD é que a temperatura média anual na Alemanha desde 1901 (início dos registros) até 2006 subiu 0,9ºC, portanto mais do que o aumento da média mundial, que foi de 0,8ºC no período. "Este aumento é uma prova da mudança climática decorrente não só de fenômenos naturais", disse o presidente do DWD, Wolfgang Kusch.

 

A década de 1990-1999 foi a mais quente do século 20 no país. Entre 1989 e 2000 foram registradas temperaturas médias anuais entre 9,4ºC e 9,9ºC, enquanto a média do século foi de 8,2ºC. Nove dos dez anos mais quentes dos últimos cem anos são desse período. Nos meses do outono, na útlima década, os termômetros chegaram a marcar 4ºC a mais do que há cem anos.

 

Vencedores e perdedores

Segundo Kusch, como acontece em todos os processos de mudança, também a mudança climática tem vencedores e perdedores. "Ondas de calor mais freqüentes e intensas podem causar mais mortes no verão. Isso não poderá ser compensado pelos efeitos positivos para a saúde decorrentes das temperaturas mais amenas no inverno", explicou. Na opinião de Paul Becker, perito do DWD, devido à lenta recuperação da camada de ozônio é provável que continuem ocorrendo muitos casos de doenças infecciosas e de câncer de pele.

 

"Ilhas quentes"

Uma das vantagens dos invernos mais amenos para os alemães é a redução dos custos com calefação e com a limpeza das ruas. No verão, os balneários do Mar do Norte e do Mar Báltico passam a receber mais banhistas que antes viajavam para as ilhas espanholas, segundo os meteorologistas.

 

O DWD constatou ainda que as cidades estão virando "ilhas quentes". A diferença de temperatura entre as cidades e o campo na Alemanha chega de ser de 2ºC em algumas regiões. Uma diferença que tende a aumentar em longos períodos de seca.A seca vai prejudicar a agricultura, principalmente no leste do país, prevêem os meteorologistas. O aquecimento da atmosfera também causará fortes trovoadas e tempestades de granizo, explicou Kusch.

 

O atual mês de abril tem tudo para entrar para as estatísticas do DWD como o mês mais seco, ensolarado e quente dos últimos cem anos. Até o último dia 22, o Serviço de Meteorologia contou 212 horas de sol no mês. O recorde anterior é de 216,9 horas, de abril de 1968. Em muitas regiões da Alemanha ainda não choveu este mês.

"Aliança pelo clima"

 

O Serviço de Meteorologia também constatou que a precipitação pluviométrica nos últimos 15 anos foi acima da média. Aumentou o número de enxurradas com precipitação de mais de 30 litros por metro quadrado. O ano em que mais choveu na Alemanha desde 1901 foi o de 2002, quando ocorreu a enchente rio Elba.

 

A divulgação dos dados da meteorologia na Alemanha entre 1901 e 2006 coincidiu com a criação de uma nova "aliança pelo clima" em Berlim. Quarenta organizações não governamentais se uniram para cobrar avanços na política do governo alemão para a proteção ao clima. A "aliança" pede mais investimentos em energias renováveis, uma ambiciosa redução das emissões dos gases de efeito estufa, limite velocidade e de consumo de combustível para os automóveis no país.

(Deutsche Welle, 24/04/2007)

 


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -