Além de ter uma biodiversidade que deve ser protegida, a Caatinga pode ser explorada em várias frentes, além da exploração mineral, do plantio de uvas para fabricação de vinhos e da produção de mel, atividades desenvolvidas atualmente.
"Podemos trabalhar com plantas medicinais, muitas delas, inclusive, já estão em análise. Também na área de cosmética, porque há produtos que podem ser usados, por exemplo, para o cabelo e a pele", avalia a professora da Universidade Federal de Pernambuco Alexandrina Sobreira.
Ela foi uma das palestrantes dos seminários da Semana da Caatinga. Promovido pelo Ministério do Meio Ambiente, o evento termina na próxima sexta-feira (27).
Sobreira ressalta que a região deve ser explorada de maneira sustentável, a partir de estudos de viabilidade econômica, por exemplo. "Se há degradação ambiental, a atividade econômica fica extinta ou muito limitada".
O ecoturismo é outro ponto a ser desenvolvido na Caatinga. Segundo o coordenador do Plano Nacional do Ecoturismo do Ministério do Meio Ambiente, Fernando Ferrira, locais como as cidades de Sete Cidades (PI), onde há grutas com pinturas rupestres, podem ser explorados nesse sentido.
"Temos na região áreas de interesse da paleontologia, áreas com cavernas, grutas e uma diversidade enorme de atividades. Há também a parte cultural, que traz a história de Lampião e de Canudos".
(Por Roberta Lopes, da
Agência Brasil, 24/04/2007)