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silvicultura eucalipto aracruz/vcp/fibria
2007-04-24

O Espírito Santo foi um dos destaques no Encontro Internacional de monocultura do eucalipto, realizado dos dias 18 a 20 em São Paulo. Participaram do encontro representantes de ONGs ambientalistas e camponesas de todo o Estado, assim como representantes das comunidades indígenas do norte do Estado e das comunidades quilombolas do Sapê do Norte, que relataram os problemas do avanço do eucalipto no Estado.

Segundo o coordenador do Movimento dos Pequenos Agricultores, Valmir Noventa, os capixabas relataram a utilização de terras indígenas, a forma com que a Aracruz Celulose degrada o meio ambiente e causa problemas sociais ao Espírito Santo.

O encontro, segundo os capixabas, foi marcado pela troca de informações entre os países. A expectativa é que o encontre resulte em uma união de países na luta contra a monocultura do eucalipto.

Além dos problemas sociais e ambientais causados pelo eucalipto, foi relatada também a história de lutas e enfrentamento contra a Aracruz Celulose, assim como suas manobras para desqualificar os movimentos sociais e as comunidades tradicionais nos estados do Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Maranhão.

No Espirito Santo, a monocultura gera problemas como a escassez, uso indevido e poluição das águas; perseguição e violência por parte da milícia armada Visel que trabalha para a Aracruz Celulose; a violência empregada contra as comunidades tradicionais e também a expulsão destas comunidades de suas terras, além, é claro, da destruição da mata atlântica e da fauna na região onde se instala.A situação no Rio Grande do Sul e Maranhão não é diferente.

Entre os participantes estavam representantes de ONGs ambientais e camponesas. Só do Espírito Santo participaram representantes do MPA, Movimento dos Sem Terra (MST), representantes das comunidades quilombolas e dos indígenas Tupinikim e Guarani do norte do Espírito Santo e da Rede Alerta contra o Deserto Verde.

Participaram ainda os palestrantes Ricardo Carrere, da Secretaria do Movimento Mudial pelas Florestas, do Uruguai; Paul Nicholson, secretariado da Via Campesina Internacional, do País Basco; e Marcelo Calazans, da Rede Alerta contra o Deserto Verde, do Brasil.

Entre os pontos mais marcantes do encontro está a fala do índio Tupinikim do Espírito Santo Valdir de Oliveira. "As florestas de eucalipto são florestas mortas que matam todo o resto", disse ele. Segundo os participantes, o índio conseguiu resumir tudo aquilo que a monocultura representa onde se instala.

Segundo Valmir Noventa, as melhores terras do Estado estão ocupadas por eucaliptos que consomem muita água, e ainda são retratados pela mídia como algo benéfico ao meio ambiente.

As propagandas da Aracruz Celulose que buscam vender uma imagem de empresa preocupada com o meio ambiente, e ainda a tentativa de esconder os danos causados por ela como o convênio entre a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e a transnacional, - criticado pela comunidade acadêmica, ONGs e pelas comunidades tradicionais que sofrem com a ação da Aracruz Celulose - também foram denunciados no evento.

O encontro foi realizado na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema, em São Paulo. A escola faz parte do projeto do MST e funciona como um espaço de formação superior das áreas de conhecimento para militantes do MST e outros movimentos sociais rurais e urbanos do Brasil e de outros países da América Latina.
(Por Flávia Bernardes, Século Diário, 23/04/2007)


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