A primeira experiência de nascimento de larvas para o repovoamento do Rio dos Sinos superou a expectativa. Das 937,5 mil ovas fecundadas, nasceram ontem 750,5 mil larvas, um índice de fecundação de 73 a 96% entre as fêmeas. Sábado (21/4) pela manhã já haviam nascido as larvas de piava e grumatã e à tarde se iniciou o nascimentos dos jundiás. A estimativa na sexta-feira era de 15 mil peixes no final dos 30 dias, mas como a fecundação foi alta, trabalha-se com um índice de até 300 mil alevinos, o que pode resultar em número muito maior de peixes.
“Colocamos uma expectativa baixa em função de estarmos fora da época de fecundação. Normalmente ela ocorre de outubro a janeiro. Este procedimento em abril é experimental e mesmo assim deu supercerto”, alegra-se o produtor rural responsável pela criação dos peixes, Maurício Daudt.
Segundo o presidente do Instituto Martin Pescador, Henrique Prieto, esta é apenas a primeira vitória do projeto, que irá culminar com a colocação de um milhão de alevinos no Rio dos Sinos em três anos. “Este projeto é complexo, demorado e exige um cuidado ambiental enorme, baseado em conhecimentos técnicos específicos”, explica.
A primeira colocação de peixes no rio deverá ser feita com 20 a 50 mil alevinos em 25 de julho, durante a São Leopoldo Fest. O presidente Lula foi convidado a participar do ato. Dentro de sete a oito dias as larvas poderão ser chamadas de alevinos, e em 30 dias eles estarão com medida de três a cinco centímetros e já vai dar para saber quantos sobreviverão a esta primeira experiência.
(Jornal VS, 23/04/2007)