A implantação de uma incubadora de serrarias que trabalham com as pedras extraídas em Salto do Jacuí pode ser uma das soluções para acabar com a poluição ambiental naquele Município. Durante o processo de beneficiamento da ágata, pó, óleo e tinta são lançados em mananciais sem o necessário tratamento. O tema pautou reunião, na manhã desta sexta-feira (20/4), no Ministério Público, entre o promotor de Justiça Martin Jora e o diretor-presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luís Roessler, Irineu Ernani Schneider. Em fase de implantação, a incubadora possibilitará a transferência das serrarias localizadas na zona urbana para o distrito industrial de Salto do Jacuí.
O Promotor e o diretor-presidente da Fepam assinaram, ainda, termos de ajustamento de conduta envolvendo a mineração e discutiram questões relativas à implantação do licenciamento ambiental municipal e vistoria da estação de tratamento de esgotos, empreendimento que está causando danos ambientais na região.
O Promotor de Justiça salienta que a remoção das empresas contribuirá para a operação adequada da estação de tratamento de esgoto, projetada para receber somente os resíduos domésticos do Município.
A região de Salto do Jacuí é uma das maiores produtoras de ágata do país, fornecendo material para o mercado internacional, o que coloca o Brasil, ao lado do Uruguai, entre os maiores produtores mundiais. A ágata umbu, pedra de cor acinzentada, constitui formação com maior ocorrência na região, sendo extraída a uma profundidade que varia de um a 20 metros. As principais jazidas estão localizadas no entorno dos rios Jacuí e Avaí.
(Por Celio Romais,
Assessoria de Comunicação do MP-RS, 20/04/2007)