O zoneamento ambiental proposto pela Fepam inviabiliza o projeto da StoraEnso no Rio Grande do Sul, admite João Fernando Borges, diretor de desenvolvimento florestal da empresa sueco-finlandesa, que já comprou cerca de 47 mil hectares no oeste gaúcho.
Aplicando as novas regras previstas pela Fepam, não mais de 25% dessa área poderiam ser usados para o plantio de eucaliptos. Mesmo assim, a empresa acredita num acordo que permita a ampliação da silvicultura no pampa.
Segundo Borges, a expectativa da empresa é ocupar com plantios da árvore madeireira 60% das áreas adquiridas, ficando o resto como reserva para preservação ambiental e manutenção da biodiversidade.
Para implantar seu projeto de uma fábrica capaz de produzir 900 mil toneladas de celulose por ano, a StoraEnso precisa plantar 100 mil hectares de eucalipto em terras próprias ou de terceiros. Já plantou 5 mil hectares em 2006 e planeja plantar mais 12 mil este ano -- os plantios começam normalmente no mês de agosto.
No momento, devido ao impasse quanto ao licenciamento dos plantios, a empresa não está comprando mais terras. Para legalizar suas aquisições na região de fronteira, a StoraEnso criou uma firma brasileira chamada Azenclever.
(Por Geraldo Hasse,
Jornal JÁ, 19/04/2007)