As interrelações de elementos do meio físico natural e modificado na definição da áreas potenciais de infiltração em bacias hidrográficas. A bacia do Rio Paraíba do Sul ( porção paulista)
2007-04-20
Nível: Doutorado
Tipo de trabalho: Tese de Doutorado
Instituição: Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp/SP)
Ano: 2005
Autor: Paulo Valladares Soares
Ano: 2005
Resumo:
Esta tese apresenta os procedimentos para classificação de Áreas Homólogas, relacionadas aos processos de infiltração, na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul. O método utilizado para a definição destas áreas fundamenta-se na criação de “patches”, agrupando algumas propriedades do terreno, as quais são capazes de armazenar água e manter a dinâmica hidrológica da bacia. Os elementos da paisagem utilizados na classificação destas áreas são: rochas e estruturas, relevo, solo, precipitação e uso do solo. Para cada tipo de elemento da paisagem aplicou-se um fator de escala de 1 a 5, que por sua vez corresponde a maior (5) ou menor (1) influência deste elemento na capacidade de infiltração. A ferramenta utilizada na sobreposição dos mapas e na criação das Áreas Homólogas foi o ArcGIS®. A sobreposição dos mapas com os elementos da paisagem sendo estes devidamente ponderados, resultou em classes de capacidade de infiltração que variam de muito baixa a alta. Dois mapas de Áreas Homólogas foram criados: um mapa regional, na escala 1:250.000, da porção média do Rio Paraíba do Sul,, com 7.600 km²; e um mapa da bacia do Ribeirão Guaratinguetá, na escala 1:50.000, com 160km² a qual esta localizada na margem esquerda do Rio Paraíba do Sul. As Áreas Homólogas, com alta capacidade de infiltração, estão situadas entre os contrafortes da Serra da Mantiqueira e a planície aluvial na noroeste e a leste da Bacia do Rio Paraíba do Sul, divisa do estado de São Paulo. Na área do Ribeirão Guaratinguetá as melhores áreas de infiltração estão na porção central e noroeste da bacia. Tanto em escala regional quanto para a bacia representativa (Ribeirão Guaratinguetá) escarpas e áreas de planícies aluvionares apresentam baixa capacidade de infiltração. No entanto, as áreas de escarpas podem ser consideradas como importantes áreas de transferência e as planícies aluvionares, como áreas de estocagem de água sendo esta responsável pelo abastecimento da rede de drenagem. A tese discute e apresenta como indicadores ambientais: o uso da terra, posição e vazão das nascentes ao longo da vertente e vazão mínima dos cursos d’água (vazão ecológica).