Representantes de Blumenau nas discussões do seminário, o diretor de Operações do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), Ramiro Nilson, e o diretor-técnico Artur Uliano avaliaram como positiva a intervenção do Ministério Público na questão do esgotamento sanitário.
Segundo eles, a expectativa é que no prazo de 12 meses a cobertura da rede de esgoto sanitário no município aumente para 9%.
- Hoje temos cerca de 3% da cidade com a cobertura. Temos projeto mapeado para implantar a rede de esgoto em até 50% do município, mas o poder público ainda não dispõe de recursos para colocar em prática - afirma Uliano.
De acordo com os diretores, o município trabalha em frentes diferentes: nas estações elevatórias - no Bairro Garcia, na Avenida Beira Rio e na Rua Itajaí - e na criação de rede de esgoto com recursos de R$ 14 milhões vindos da Funasa, que serão investidos na Itoupavazinha, na região das ruas Araranguá, José Reuter e na Cohab 1.
Eles ainda aguardam recursos do governo federal através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para implantar sistema nos bairros Fortaleza e Centro.
Municípios mostraram principais dificuldades
A falta de recursos e de consciência da comunidade foram os principais pontos destacados pelos integrantes dos municípios durante a segunda etapa do seminário, na qual foram divididos em grupos.
Eles levantaram as principais dificuldades para realizar um trabalho completo na área de esgoto sanitário. A Fecam também apresentou proposta preliminar ao Ministério Público para organizar as ações nos próximos dois anos.
Além das questões orçamentárias, o grupo de Blumenau - que reúne as cidades de Itajaí, Brusque, Navegantes, Penha, Balneário de Piçarras, Balneário Camboriú e Camboriú - aponta entraves jurídicos e falta de estrutura técnica operacional como obstáculos para a implantação dos sistemas de coleta e tratamento de esgoto.
Tanto as sugestões da Fecam, quanto as dificuldades dos municípios serão avaliadas pelo Ministério Público. Outros dois seminários deverão ser realizados ainda este ano. O próximo está previsto para dentro de dois meses.
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Diário Catarinense, 19/04/2007)