Na semana passada, quando esta página lancetou o tumor que tomou conta da Fepam, dezenas de empresários e políticos gaúchos resolveram abrir a boca para denunciar a paralisia asfixiante que estrangula esta área vital do governo do RS. Os números da inação da Fepam são oceânicos: 20 mil projetos para examinar, cujo valor sobe a quase US$ 10 bilhões (só os projetos da VCP, Aracruz e StoraEnso somam US$ 4,5 bilhões, segundo testemunhos do próprio editor desta página). É muita coisa. Trata-se de um extermínio programado de riqueza, renda e empregos de grandes proporções. O que dizem os empreendedores ? “Há um ano espero pela primeira das tres licenças ambientais para tocar minha indústria em Cachoeirinha”, avisou Cláudio Von. Todo mundo está se mexendo. O governo Yeda Crusius não está conformado com o que ocorre na Fepam e dá provas diárias disso. Na Assembléia, pelo menos duas propostas vão sacudir a poeira. O que disseram ao editor desta página os deputados Alceu Moreira, do PMDB, e Berfran Rosado, do PPS:
Alceu Moreira – “Quero que aprovem meu projeto que aprova automaticamente qualquer projeto que não for examinado em até quatro meses pela Fepam”.
Berfran Rosado – “Quero uma comissão externa para saber por que a Fepam boicota os projetos”.
A alegação de que a Fepam não dispõe de verbas e recursos humanos é fajuta.
O deputado Giovani Cherini, ao falar ao editor desta página sobre isto, foi direto ao ponto: “Eles não querem trabalhar”.
É isto.
(Políbio Braga Online, 17/04/2007)