O Ministério Público Estadual investiga supostas irregularidades ambientais no Parque Imperatriz Leopoldina, às margens do Rio dos Sinos, em São Leopoldo.
Segundo a Associação dos Patrulheiros Ecológicos de São Francisco de Assis, o parque foi construído sobre um antigo depósito de resíduos sem que a área fosse remediada. O lixo, acumulado por mais de 20 anos, teria sido aterrado onde hoje há um espaço de lazer.
- Sempre que se escava, esse lixo aparece - diz o presidente da entidade, Francisco Miler.
A Promotoria de Justiça Especializada em Defesa Comunitária de São Leopoldo não informa detalhes, mas confirma que foi instaurado um inquérito civil para apurar indícios de dano ambiental. A primeira vistoria técnica ocorreu nesta semana.
Inaugurado em dezembro de 2006, o Parque Imperatriz Leopoldina fica em uma área de preservação. Por 20 anos, o local foi ocupado por 180 famílias de catadores, que descartavam o lixo não utilizado. Em 2005, foi iniciada a recuperação, com a retirada de 120 famílias. As demais devem sair até o fim do ano.
A prefeitura afirma que já foram retiradas 5 mil toneladas de resíduos sólidos, levados ao aterro sanitário do município.
O que diz Darci Zanini, secretário de Meio Ambiente de São Leopoldo
"Todo o trabalho de recuperação do parque foi feito dentro das especificações ambientais. O local é área de preservação e não há lixo aterrado. Investimos cerca de R$ 800 mil para a remoção dos resíduos. Outros R$ 3 milhões foram usados para a remoção das famílias. O que é visto eventualmente são os resíduos sólidos que retiramos do rio e colocamos na frente do parque para a remoção."
(Por Carla Dutra, Zero Hora, 18/04/2007)