As práticas empresariais de gestão de risco e segurança da informação devem dar mais atenção aos aspectos sociais e aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM)— uma série de metas socioeconômicas que os países da ONU se comprometeram a atingir até 2015. Esse será o tema da quinta edição do Executive Meeting, encontro anual de executivos que debate tecnologia de segurança de empresas.
O evento tem o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (PNUD) e acontece entre 18 e 20 de maio, em Angra dos Reis, Rio de Janeiro. “O objetivo é fazer com que os participantes se questionem sobre como sua empresa pode melhorar o mundo”, afirma Zilta Marinho, diretora do Módulo Education Center, empresa responsável pelo evento e braço da Módulo, que há 22 anos atua na área de tecnologia para gestão de risco.
As análises de risco estão relacionadas à prevenção de problemas que atrapalhem a atividade da empresa, mas em geral dão mais destaque a fatores como finanças, infra-estrutura e divulgação de informações. Os gestores de risco planejam, por exemplo, como preservar informações eletrônicas em caso de um blecaute na rede elétrica e como garantir a segurança dos funcionários, e estudam como determinadas ações podem interferir na imagem pública da empresa.
A idéia do Executive Meeting é incentivar as companhias a atentar para os efeitos sociais e ambientais de sua produção. “É importante incentivar os gestores a focarem qualidade de vida em suas análises de risco”, afirma Zilta. Criar programas educacionais para os funcionários e suas famílias, atentar para sua saúde física e psicológica, tratar os resíduos da produção e incentivar reciclagem de papel são algumas das medidas que podem contribuir com o desenvolvimento socioambiental, sugere ela. “Quanto forem firmar contratos comerciais com outras empresas, podem atentar para ações de responsabilidade social, e usá-las como critério de negociações”, recomenda.
Na área de segurança da informação, Zilta acha que, ao “publicarem em seus sites informações que sejam interessantes para a comunidade”, as empresas já estão contribuindo para os Objetivos do Milênio. “Elas também podem incentivar campanhas educativas. A informação tem que estar disponível a todos para que ela possa ser útil”, avalia.
(Por Sarah Fernandes,
Agência PNUD, 17/04/2007)