OPINIÃO PÚBLICA É FORÇA CHAVE NO PROCESSO DE MELHORIA AMBIENTAL
2001-11-01
Para Costa, em todo lugar do mundo, o papel dos governos tem sido de concentrar a informação nas assessorias de comunicação que as filtram, antes de chegarem às redações, por meio dos chamados releases. - É prejudicial porque não informa exatamente o que ocorre, lamenta. Ele, entretanto, acha fascinante essa relação governo-mídia, uma vez que a mídia percebendo, vai em cima até achar a verdade. - A postura da imprensa deve ser a de estudar o EIA-Rima, ser auto-crítico para levantar as questões de maneira correta, ensina. Sobre os recentes acidentes envolvendo a Petrobras, é enfático ao afirmar que há muito tempo as petrolíferas, sofrem uma pressão grande e em virtude disso, colocam em prática políticas ambientais fortes, mas quando se lida com produtos químicos, sempre existe a possibilidade de incêndios, explosões e para evitar esses acidentes, depende muito do gerenciamento local, do governo (leis e multas). - Num país onde as multas são grandes e a lei rigorosa, os acidentes são bem menores. Talvez a Petrobras passe a investir mais na questão. Se eu fosse da Petrobras, investiria, aconselha. Segundo ele, muitas empresas que operam na Austrália, operam aqui também e que quando ocorrem acidentes, a mídia ataca muito essas companhias, que notaram a força da opinião pública, como no caso da Shell que quis afundar uma plataforma de petróleo no Mar do Norte, com o aval do governo brtiânico, mas que causou um ultraje público muito grande, inclusive com as pessoas boicotando a gasolina da empresa. Isso acabou forçando a Shell a levar essa plataforma para a Noruega, que por sinal, continua até hoje por lá. - Existe um público mais conscientizado e também com maior poder aquisitivo, o que ajuda bastante, completa.