(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
greve
2007-04-18

A anunciada greve dos funcionários da Emdurb atingiu apenas o serviço de coleta de lixo, parcialmente. No primeiro dia, a paralisação deixou sete setores sem coleta. Ao todo, 59 bairros ficaram com o lixo do final de semana acumulado nas calçadas. Os funcionários dos demais setores da Emdurb, como varrição, trânsito e fiscalização dos estacionamentos rotativos do Centro, não aderiram. O movimento continuou ontem (17/04).

Segunda-feira (16/04), apesar da greve ter sido tranqüila durante o dia, no início da noite houve tensão entre dirigentes do Sindicato dos Servidores Municipais (Sinserm) e da Emdurb.

Pela manhã, dos 13 setores previstos, três não foram atendidos. Os principais bairros atingidos foram Núcleo Fortunato Rocha Lima, Parque Jaraguá, Pousada da Esperança 1 e 2 e Vila Industrial. Durante a tarde, apenas um setor - o que abrange o Estoril 4, Vila Ferraz, Jardim Paulista, entre outros - ficou sem coleta.

No início da noite, quando seis setores são atendidos, houve princípio de confusão entre Emdurb e Sinserm. Enquanto a empresa municipal afirmava que os sindicalistas estavam pressionando os funcionários a aderir à greve, o Sinserm alegava que a presença do presidente da Emdurb, Carlos Barbieri, coagia os coletores e motoristas que queriam participar.

Depois da tensão, o dirigente da empresa afirmou estar emocionalmente abalado. “Estamos tentando fazer algo organizado, e os membros do sindicato passaram a me ofender pessoalmente. Não fui tratado com respeito”, diz Barbieri. De acordo com ele, os grevistas desrespeitaram acordo firmado na última sexta-feria entre a Emdurb e o Ministério Público do Trabalho (MPT), que definiu em uma mesa-redonda a garantia de 100% da coleta de lixo hospitalar e pelo menos 50% dos trabalhadores da coleta urbana durante a greve.

“Eu estava lá para garantir que quem quisesse trabalhar teria condições. Como começaram a me ofender pessoalmente, agora só negociamos através de adovogados”, diz Barbieri. Já os dirigentes do Sinserm classificaram o embate como discussões normais que existem durante greves e negaram veementemente que teriam impedido o abastecimento dos veículos. “De forma alguma impedimos qualquer caminhão de abastecer”, garante Sônia Carvalho, diretora do sindicato.

Ela avalia que a permanência do representante da Emdurb no local acabou coagindo os coletores e motoristas. “Só a presença do chefe olhando, deixa os funcionários cosntrangidos”, observa Carvalho.

Mesmo com a discussão, o acordo com o MPT de manter pelo menos 50% da coleta foi cumprido. Das seis equipes que sairiam ontem, três permaneceram paralisadas. Porém, por conta de um acidente - um coletor cortou a perna após recolher um saco de lixo com cacos de vidro não embalados corretamente -, mais um setor acabou ficando sem o serviço. Os princpais bairros não atendidos ontem à noite foram Vila Falcão, Vila Pacífico, Vila Industrial, Jardim Rosa Branca, Vila Cardia e Jardim Cruzeiro do Sul. Por conta do acidente de trabalho, também foi afetado o setor da Vila Souto.

Números e vitórias

No final do dia, dos 22 setores previstos na greve, apenas sete ficaram sem atendimento, ou seja, menos de um terço. Pela manhã, com 15 funcionários em greve, a Emdurb divulgou que 2,6% dos 578 empregados tinham aderido. Já para o Sinserm, como o movimento visou a coleta, que mantém 94 funcionários, esse percentual foi maior.

Mas para José Roberto Batista, do Sinserm, a greve teve boa adesão. Ele destaca que os grevistas tiveram duas virórias ainda ontem. “A primeira foi o agendamento da audiência em tempo recorde”, avalia. O encontro entre Emdurb e Sinserm está previsto para hoje, em Campinas. A outra vitória contabilizada por Batista foi o anúncio do governo Tuga Angerami sobre a compra e locação de caminhões para a coleta.

Reivindicações

Os funcionários da Emdurb justificam a necessidade da paralisação por se sentirem discriminados com a proposta de reajuste salarial feita pela administração, além de cobrar melhores condições de trabalho. O governo municipal se recusa a repassar o reajuste salarial integral de 6,21% concedido aos demais funcionários, alegando que os trabalhadores da empresa não têm o desconto da Fundação de Previdência (Funprev). Assim, a prefeitura oferece apenas 3,12% de reajuste mais o índice de 21,21% sobre o vale-alimentação, que passou para R$ 160,00.

Sem controle

O controle da frota e dos trabalhadores que saíram ontem às ruas foi outra dificuldade apontada pelo Sinserm. Nas greves anteriores, a entidade dispunha de uma relação de veículos e coletores atuando no serviço essencial. “O portão estava lacrado e eles (os coletores) foram entrando”, comenta a diretora Eliana Martins.

O presidente da Emdurb, Carlos Barbieri, no entanto, garante que os sindicalistas também tiveram acesso ao pátio da coleta e conversaram com os funcionários.

“Não é uma questão de salário. É também de condição de trabalho. A gente chega às 7h e não tem caminhão até as 15h. Se a gente marca compromisso para depois desse horário (e não vai para as ruas), colocam a corregedoria atrás. Mas nosso horário já terminou”, comenta um coletor que pediu para não ser identificado.  

(Jornal da Cidade, 17/04/2007)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -