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2007-04-17

O empenho brasileiro para produzir álcool combustível, ou etanol, a partir da cana-de-açúcar - atividade em que o norte do Espírito Santo ganha cada vez mais destaque -, vai ser discutido no dia 4 de maio, em Vitória, pelo ex-embaixador brasileiro nos Estados Unidos, Roberto Abdenur. A exportação do etanol também será um dos focos do evento.

A palestra, para os sócios da Câmara Americana de Comércio do Espírito Santo (Amcham-ES), abordará o tema "Economia Mundial e as Perspectivas para o Brasil", mas o momento mais aguardado é o debate sobre a importância da substituição da gasolina pelo etanol, que ganhou força com a parceria entre Brasil e Estados Unidos na produção do combustível.

Há cerca de um ano, o Estado é alvo de investimentos do grupo inglês Infinity Bio-Energy, que promete aplicar R$ 1,2 bilhão até 2010 na ampliação e construção de usinas. Até o final de 2007, o consumo de álcool no Espírito Santo será de 260 milhões de litros, de uma produção próxima a 330 milhões de litros. O açúcar produzido vai contabilizar 1,2 milhão de sacos de 50kg.

Atualmente, os 70 mil hectares de área plantada com a cana geram 4,9 milhões de toneladas de açúcar. Em três anos, serão 177 mil hectares, que vão produzir 12,3 milhões de toneladas. A área destinada ao plantio da cana-de-açúcar provém, principalmente, das pastagens de gado. Os pecuaristas se aproveitam do negócio lucrativo do etanol e do mau momento da pecuária.

Degradação ambiental

Para Roberto Abdenur, a matéria-prima brasileira do etanol é vantajosa em relação à norte-americana, que é o milho. Por isso as atenções permanecem voltadas ao mercado nacional do álcool combustível. A preocupação é de que o uso maior do milho cause escassez desse alimento nos Estados Unidos.

Os riscos de degradação ambiental com o milho são maiores, já que se gasta 1 kcal para fabricar 3,24 kcal (saldo negativo). No caso da cana, o saldo é positivo: 1,29 para 1 (1,29 kcal para gerar 1 kcal). Durante a combustão do álcool, o milho reduz apenas 12% dos gases causadores do efeito estufa, enquanto que a cana diminui 66%.

Na opinião dos ambientalistas, a euforia brasileira com a produção do etanol, mesmo que a partir da cana-de-açúcar, também é motivo de preocupação. Os impactos negativos começam desde a cultura da cana em larga escala. Como toda monocultura, é prejudicial. A legislação do uso de agrotóxico deve ser respeitada, pois o produto, se depositado a menos de 50 metros da margem dos córregos, envenena as águas e prejudica as comunidades que vivem próximas a essas áreas.

Outra preocupação, de acordo com o coordenador do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) no Estado, Valmir Noventa, a monocultura leva à concentração de terras nas mãos de grandes empresários. As promessas de emprego em grande quantidade, são esses empregos serão temporários, apenas na época da safra, e ganha-se muito mal para um trabalho considerado escravo e subumano.
    
(Por Fernanda Motta, Século Diário, 17/04/2007)




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