Até sexta-feira (13/04), a Aracruz Celulose não se manifestou sobre a proposta da Delegacia Regional do Trabalho (DRT), sobre o caso dos 459 quilombolas catadores de resíduos. Segundo os quilombolas, a expectativa é que a resposta da empresa seja entregue a DRT no início desta semana.
Em reunião realizada no último dia 10, a DRT reconheceu a necessidade dos quilombolas de continuarem catando os resíduos de eucalipto, propondo assim que a empresa mantenha o convênio entre as partes.
A reunião foi motivada por uma série de manifestações dos quilombolas devido ao descumprimento de convênio de quatro anos entre as comunidades e a transnacional. O convênio garantia a cata de resíduos de eucalipto de 7 centímetros de diâmetro pelas comunidades quilombolas do norte do Estado.
Segundo os catadores, a empresa começou a retirar caminhões cheios de gravetos, que estavam, inclusive, sendo revendidos para terceiros. Uma série de tentativas de diálogo com a empresa teve início, mas sem sucesso.
Com a reunião na DRT, além da continuação do convênio foi proposto a criação de um Programa Desenvolvimento Sustentável para a região.
A expectativa demonstrada pelo próprio representante da empresa é que a empresa aceite a proposta e mantenha os 7 centímetros de diâmetro dos resíduos, garantindo, assim, o sustento das comunidades, até que o Projeto de Desenvolvimento Sustentável esteja em prática.
(Por Flávia Bernardes,
Século Diario, 17/04/2007)