A Cúpula Energética Sul-Americana começou nesta segunda-feira (16/04) em Isla de Marguerita, localizada na cidade venezuelana de Porlamar, e reúne 10 mil pessoas de 12 delegações sul-americanas. Os chefes de Estado e ministros vão debater sobre gás, petróleo, biocombustíveis, projetos de coordenação conjunta de políticas energéticas (Petroamerica, Petrosur, Petrocariben e Petroandina) e de financiamento da infra-estrutura de integração energética (Banco do Sul, IIRSA - Iniciativa para Integração Regional Sul-Americana, e CAF - Corporação Andina de Fomento). Durante os dois dias do encontro, os líderes políticos devem acertar uma declaração conjunta sobre a questão energética.
Será a primeira reunião do presidente Luís Inácio Lula da Silva depois das declarações contra o etanol feitas pelos presidentes de Cuba e da Venezuela. Segundo o presidente brasileiro, "os países sul-americanos devem se integrar para superar dificuldades no setor energético". Ele afirmou ainda que sua prioridade é produzir biocombustível a partir da cana-de-açúcar, opção à qual já aderiram os Estados Unidos e a União Européia para diminuir sua dependência de petróleo.
Em uma entrevista no programa de rádio ‘Café com o Presidente’, Lula destacou pontos fortes de algumas nações sul-americanas no setor energético, como as grandes reservas de gás da Bolívia, as jazidas de petróleo da Venezuela e a produção de biodiesel no Brasil. "A sociedade vai ganhar mais tranqüilidade, mais certeza de que nós vamos ter energia suficiente para atender a demanda da sociedade e a demanda do crescimento econômico desses países", afirmou.
Em março, o Brasil e os Estados Unidos assinaram um acordo de cooperação para a produção de etanol. Os brasileiros dominam o mercado mundial, com uma produção de 17 bilhões de litros em 2006. Por esta razão, o país tem sido chamado de "Arábia Saudita Verde".
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Adital, com informações de Agência Brasil e Ansalatina, 16/04/2007)