Por inicativa da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) da Bahia, foi realizdo na última segunda-feira (09/04), no Centro de Recursos Ambientais (CRA), em Monte Serrat, uma reunião que teve a participação do Conselho Gestor da Àrea de Proteção Ambiental da Baía de Todos os Santos (APA/BTS), além de uma equipe multidisciplinar formada por colaboradores da autarquia e de outros órgãos responsáveis pela gestão ambiental, como professores de universidades, representantes do município e estado, além de diretores de ONGs, enfim, técnicos que estiveram debruçados, no último mês, com o monitoramento do acidente ambiental ocorrido nas praias do recôncavo baiano.
Servindo como mediadores do encontro, o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Juliano Matos, e a diretora Geral do CRA, Beth Wagner, conduziram os questionamentos respondendo aos conselheiros e gestores, em sua maioria, pessoas das comunidades atingidas pelo acidente ambiental recentemente acontecido na BTS.
Uma das perguntas mais recorrentes da reunião foi quanto à confiabilidade do laudo emitido pelo CRA e referendado por oito professores doutores de diversas intituições do Estado e do país. Um desses questionamentos foi respondido pelo professor da Universidade Federal da Bahia, também biólogo e conselheiro da APA, Miguel Accioly.
Para ele, as conclusões do laudo apontam mesmo para um quadro clássico de Maré Vermelha. Para um futuro bem próximo, o professor Accioly prega uma integração maior dos órgãos de meio ambiente com outras instituições do Estado como as Secretarias de Turismo e Indústria e Comércio, por exemplo.
Accioly alertou ainda que uma má gestão da pesca na Bahia de Todos os Santos, nesse momento, pode resultar em um acidente ambiental de maiores proporções. Segundo ele, houve danos ao ecossistema, e a população de pescado está dizimada. A liberação, agora da pesca, pode agravar a situação, argumentou.
Segundo a presidente da Conselho Gestor da APA/BTS, a bióloga Daniella Blinder, a reunião foi necessária para esclarecer aos conselheiros sobre os diversos assuntos relacionados ao acidente ambiental, principalmente, porque eles representam a sociedade civil dos municípios atingidos, explicou. Ela frisou ainda que a importância de inserir o conselho nas propostas de soluções dos problemas, pincipalmente na qestão do plano de manejo. A APA tem oito anos de criada e até hoje ele não foi implantado. Vamos aproveitar agora esse novo momento político e infelizmente o advento do acidente para dar início a essa nova etapa na BTS, argumentou Blinder.
(
Assessoria de Comunicação SEIA/BA, 09/04/2007)