Chuva de sementes em um fragmento de floresta estacional semidecídua em Campinas (SP)
2007-04-13
Tipo de trabalho: Dissertação de Mestrado
Instituição: Instituto de Ecologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp/SP)
Ano: 2007
Autor: Emilio Garcia
Resumo:
A elaboração de um plano de manejo e de recuperação florestal torna-se cada vez mais necessária em áreasfragmentadas, sendo o estudo da dinâmica da chuva de sementes serve como um importante subsídio na elaboração desse plano. Assim, o presente projeto teve como objetivo principal avaliar se há diferenças na chuva de sementes entre as diferentes fisionomias vegetais da Mata Santa Genebra em Campinas. Para tanto foram utilizados 200 coletores de sementes distribuídos na mata de acordo com as fisionomias de floresta encontradas e na borda do fragmento. Um outro experimento procurou comparar a eficiência de dois modelos de coletores na amostragem de sementes nesses ambientes. Ao compararmos os coletores, não encontramos diferenças significativas entre o coletor de aluminio que já possuíamos no laboratório e os coletores de ráfia com pés de tubos de PVC que desenvolvemos. Além disso os coletores de ráfia foram extremamente baratos e resistentes. .Quanto à chuva de sementes, quando comparamos as bordas da mata com o interior (mais preservado), encontramos diferenças significativassendo que tanto a abundância quanto a diversidade de sementes são menores na borda do que no interior. Assim a chuva de sementes pode ser um fator limitante que influencie diretamente a extrutura e a composição dessas áreas.Quando comparamos as diferentes áreas na mata não encontramos diferenças significativas na abundancia e diversidade de sementes entre a área mais preservada e a área de brejo. Também não encontramos diferenças entre as áreas de borda e a área queimada. No entanto encontramos diferenças entre interior e borda, interior e área queimada, brejo e borda, brejo e área queimada. Tais diferenças podem representar que tanto o interior da mata quanto o brejo são as áreas mais preservadas, com uma maior abundância e diversidade de sementes. A baixa diversidade de sementes na borda pode ocorrer devido ao efeito de borda. Já na área queimada o efeito do fogo pode ter reduzido drásticamente a comunidade vegetal que ainda não se recuperou, o que acaba refletido no baixo número de sementes de poucas espécies que coletamos nessa área.