Fiscais do Ibama, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar, realizaram, na semana passada, a última fase da Operação Canadá. As equipes vistoriam por terra 56 pontos de desmatamento e queimada verificados em vôos sobre os municípios do Alto e Médio Vale do Itajaí, do Planalto Serrano e da região do Morro do Taió, no estado de Santa Catarina. Também montaram duas barreiras fiscalizatórias na BR 470, em Rio do Sul e em Taió.
Os fiscais lavraram 32 autos de infração, num total de R$ 237 mil. Embargaram uma serraria e dezenas de hectares de áreas onde a mata nativa havia sido retirada e queimada. Em muitos locais, havia desmatamento próximo a nascentes. Apreenderam dezenas de metros cúbicos de madeira nativa, caminhões, armas e munição.
Essa etapa da ação incluiu sobrevôos de fiscalização e monitoramento sobre o Parque Nacional da Serra do Itajaí, sobre as Florestas Nacionais de Ibirama, de Três Barras e de Caçador, sobre a Área de Relevante Interesse Ambiental Serra da Abelha e sobre o entorno dessas Unidades de Conservação do Ibama.
A Operação Canadá foi concebida para combater o desmatamento criminoso da Mata Atlântica para plantio de pínus - matéria-prima usada pela indústria moveleira - e secagem de fumo, e a extração ilegal de madeiras nativas, em grande parte sob ameaça de extinção. O nome da operação faz alusão à transformação acelerada de importantes trechos da Mata Atlântica no estado de Santa Catarina em grandes reflorestamentos dessa árvore originada da América do Norte, com larga presença no Canadá. Grande parte desses desmatamentos ocorre de forma criminosa.
A operação acontece sob a coordenação do Escritório Regional Rio do Sul e conta com o apoio e a participação da Flona Ibirama, da Base Avançada de Pesquisa de Lages, do Escritório Regional de Caçador, da Superintendência do Ibama em Santa Catarina e da Diretoria de Proteção Ambiental.
(Por Kézia Macedo, Ibama, 11/04/2007)