Uma retomada. Assim pode ser definida a perspectiva que se avizinha em relação a possibilidade de garantir a geração de energia limpa por intermédio da efetiva instalação do parque de geração de energia da Gamesa Brasil Ltda. Livramento, Jaguarão e Piratini são os projetos de parques de geração que a companhia pretende efetivar. A disposição de investir nos municípios já foi ratificada, porém, o momento é de nova mobilização para que as representações políticas dos municípios envolvidos interajam e façam seu papel junto ao governo federal.

Em âmbito de Livramento, o prefeito Wainer Machado confirmou em recente entrevista ao Jornal da Manhã, da RCC, o agendamento de audiência no Ministério das Minas e Energia, visando manifestar que a óbvia diferença de custo entre a energia a partir das forças do vento e outras fontes alternativas pressupõe a necessidade de uma chamada específica para geração eólica. A empresa recebe o natural apoio das municipalidades e comunidades.

O Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), que foi extinto, realizou chamada pública para a aquisição de 1100 MegaWatts de energia, a ser produzida por várias fontes alternativas, sendo eólica, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas.

Na prática, a segunda chamada pública do Proinfa não saiu, não tendo havido, portanto, a aquisição da totalidade de energia. O Proinfa contratou 800 MW, havendo a constatação clara de uma óbvia carência, haja vista que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, prevê a economia crescendo 5%. O setor produtivo de energia terá que atender a demanda de crescimento de no mínimo 12%.

As perspectivas são de que sejam efetivadas audiências de representações dos municípios interessados com a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef (que, quando integrante do governo Olívio Dutra, foi a principal defensora da geração de energia a partir de fontes alternativas) e Silas Rondeau, titular das Minas e Energia. Em Sant’ Ana do Livramento, a Gamesa tem a disposição de construir um parque eólico com capacidade para geração de 149,5 MW. Em Jaguarão a potencialidade geradora é de 50,15 MW e em Piratini, 98,60MW.
(A Platéia, 11/04/2007)