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2007-04-11

A proteção ambiental lidera as preocupações dos empresários na Europa, tendo mais peso que o crescimento sustentável ou a proteção do fornecimento de energias no futuro, indica a 16ª edição do UPS Europe Business Monitor.  Cerca de 45% dos executivos europeus, quando questionados sobre os assuntos que deveriam estar no topo das prioridades dos líderes políticos mundiais, elegeram a protecção ambiental, seguidos por 40 % que mencionaram o crescimento da economia sustentável.

 

Estas conclusões constam da 16ª edição do UPS Europe Business Monitor, que inquiriu 1.450 empresários de uma amostra significativa das maiores empresas europeias da Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Itália, Holanda e Reino Unido, realizada anualmente entre 14 de Setembro e 03 de Novembro de 2006.  As preocupações ambientais tiveram um apoio esmagador da parte dos empresários em França, com 63%, onde esta questão registou 19 pontos a mais do que a média europeia.

 

No final da tabela, surge a Holanda com 28%, país em que os gestores não colocam no topo das suas preocupações a protecção ambiental. Entre os empresários holandeses, 48% escolheram como prioridade principal o crescimento da economia sustentável, à semelhança dos espanhóis, com 47%. Embora surja por diversas vezes o fornecimento de gás da Rússia para Europa como "algo precário" e seja também citada "a situação instável no Médio Oriente", apenas os executivos na Alemanha elegeram a segurança energética como a principal questão política global (43%).

 

E, apesar deste tema surgir no terceiro lugar da lista de prioridades dos empresários na Europa (33%), está muito próximo do tema da redução da pobreza mundial (32 %), da redução das guerras e dos conflitos globais, além do combate ao terrorismo, ambos com 31%, e da promoção da educação, com 29%. Sobre as energias renováveis, o estudo revela que este é "o caminho que a Europa deve seguir".

 

No seguimento da preocupação com a protecção do ambiente, seis em cada dez gestores inquiridos na Europa rejeitam o combustível fóssil a favor das energias renováveis. Segundo estes empresários, "a Europa deve apostar em fontes de energia do futuro, nomeadamente vento, hidrogénio e solar". Já a energia nuclear gerada a nível interno é encarada por um terço dos inquiridos como a próxima melhor solução.

 

Apenas 3% defende que a Europa deverá continuar a utilizar combustíveis fósseis para fins domésticos, enquanto apenas 4% e 1%, respectivamente, apostam no gás natural da Rússia e no petróleo do Médio Oriente para garantir o fornecimento de energias no futuro.

 

Os empresários em Espanha são os que mais apoiam as energias renováveis na Europa, com sete em cada dez cento a defenderem esta ideia.  Esta foi igualmente a resposta mais referida pelos gestores do Reino Unido com 47 %, embora tenha colhido a mais baixa percentagem entre os sete países inquiridos.

 

Os empresários seniores na Bélgica são os que mais consideram que a energia nuclear é a melhor solução (41%), enquanto apenas 22% dos executivos na Alemanha apoiam esta ideia, o valor mais baixo registado na Europa.  No quadro do Ambiente e das Políticas Externas as quais causam algum constrangimento transatlântico, os gestores na Europa consideram que "a defesa do ambiente deve ser actualmente uma política central".  Mais de metade considera também que este tema é o que mais divide a União Europeia e os Estado Unidos.

 

A protecção do ambiente é encarada por todos os inquiridos como o maior problema a nível transatlântico, exceptuando os holandeses, em que 46% referiu que o combate ao terrorismo é o assunto que mais divide os dois lados do Atlântico. O tema das políticas externas é considerado como o segundo que mais divide os gestores na Europa, bem como a redução das guerras e conflitos globais e o combate ao terrorismo citado por um em cada quatro, respectivamente.

 

O inquérito abrangeu a Alemanha (250), Bélgica (100), Espanha (250), França (250), Itália (250), Holanda (100) e Reino Unido (250). A receita anual média das empresas entrevistadas é da ordem de 1,2 mil milhões de euros, empregando em média 3.000 trabalhadores.  As entrevistas foram efectuadas por uma organização de pesquisa independente e global, a TNS (Taylor Nelson Sofres), nas línguas de origem dos inquiridos, no centro telefónico internacional da TNS, em Londres, no Reino Unido.

 

Os resultados da primeira edição do Monitor foram publicados na Primavera de 1992, os resultados da segunda edição, no Outono de 1992, e depois anualmente em cada Outono.  O UPS Europe Business Monitor foi fundado pela UPS em 1992, com sede em Nova Iorque, e com estes estudos procura proporcionar uma visão actualizada da opinião dos empresários na Europa.  A empresa opera igualmente na área da distribuição de embalagens diárias para mais de 200 países e territórios.

(Diário dos Açores, 10/04/2007)

 


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