O acordo entre Venezuela e Nicarágua, no contexto Alternativa Bolivariana para os Povos da América (Alba), demonstra seus resultados. Desde a última sexta-feira, a nação nicaragüense recebe o total de 60 megawatts através da conexão de centrais elétricas abastecidas pelo país venezuelano.
O total de 60 megawatts que aportarão os grupos geradores de eletricidade ofertados pela Venezuela cobrirão a metade do déficit de geração que a Nicarágua tem atualmente.
Para o próximo mês de setembro, espera-se a chegada de outras 32 centrais elétricas vindas de Cuba, segundo anunciou dias passados, o presidente nicaragüense, Daniel Ortega.
A cooperação cubano-venezuela acontece dentro da Alba, um projeto integracionista no qual também a Bolívia participa, e ao qual a Nicarágua, no último dia 11 de janeiro, aderiu, um dia depois da posse do presidente Ortega.
A ajuda no setor energético contempla, além disso, a troca de quase dois milhões de lâmpadas incandescentes por fluorescentes, de menor consumo de eletricidade, em todas as casas nicaragüenses.
O diagnóstico integral para determinar o consumo de eletricidade no setor doméstico nicaragüense contou com a cooperação de especialistas e trabalhadores sociais cubanos, que participarão também da troca das velas.
O combustível para o funcionamento das centrais é entregue pela Venezuela, que assinou um convênio com a Nicarágua para o abastecimento de até 10 milhões de barris de petróleo anuais, em condições vantajosas de pagamento.
Os chamados acordos da Alba entre os dois países rondam os 430 milhões dólares e abrangem quase todos os setores da economia.
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Adital, com informações da Agência Boliviana de Notícias, 10/04/2007)