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mortandade de abelhas
2007-04-10
Por Jean-Claude Gerard Koven*

Na semana passada, recebi um e-mail de um amigo relatando um rápido e devastador colapso na população de abelhas da América. A mensagem imediatamente disparou um arrepio em meu corpo logo enquanto eu lembrava uma citação atribuída a Albert Einstein: "Se as abelhas desaparecerem da face do globo, então o homem teria apenas quatro anos de vida a mais. Não mais abelhas, não mais polinização, não mais plantas, não mais animais, não mais homem."

Começando de modo um pouco cético, assumi que isto seria apenas outra desinformação alarmista daquelas que se encontram em listas distribuídas pela Internet.

Uma pesquisa de poucos minutos não apenas confirmou a história, mas me fez perceber que o problema está longe de ser local. Em círculos oficiais, esta condição é chamada Mal do Definhamento ou , mais comumente, Colapso de Desordem da Colônia (CCD).

O comunicado que recebi dizia: "As abelhas estão voando em busca de pólen e néctar e simplesmente não estão retornando às suas colônias. Nos três últimos meses de 2006, um número desesperador de colônias de abelhas começou a diminuir nos Estados Unidos, e os cultivadores de abelhas em todo o país reportaram perdas sem precedentes. Segundo os cientistas, a população de abelhas domesticadas declinou em cerca de 50% nos últimos 50 anos.

Relatórios de perdas similares de populações de abelhas foram documentados antes na literatura dos apicultores, mas se acredita amplamente que ocorreram nesta escala apenas em nível regional. Com as baixas registradas como as de 1896, isto é observado como a primeira epidemia nacional das abelhas na história dos Estados Unidos."

O tópico que agora ganha letras capitulares nas notícias deixa pouco espaço para a segurança do inseto. O que não avaliamos é que sem a abundância de abelhas para a polinização das lavouras, os Estados Unidos poderia perder em torno de 30% de seu abastecimento de alimentos. Conforme Zac Browning, vice- presidente da Federação de Apicultores da América, "Cada terço que consumimos em nossa dieta depende de uma abelha ter polinizado tal alimento."

Não há mais dúvida sobre o que está acontecendo - ou suas conseqüências - se a situação não for retificada. O que permanece turvo é a causa. Segundo Walter Haefeker, diretor da Associação dos Apicultores da Alemanha, o CCD tem quatro causas possíveis: uma peste chamada varroa, introduzida a partir da Ásia; a prática disseminada de usar spray com herbicida em flores silvestres; a prática da monocultura (uma única cultura cobrindo grandes áreas); e o crescente e controverso uso da engenharia genética na agricultura.

Contudo, é a hipótese de um antigo cientista da indústria de telefonia celular, ex-cientista da indústria de armas, que chamou a minha atenção. Quando George Carlo, médico, o celebrado autor de "Telefones Celulares: Perigos Invisíveis na Era Sem Fio" e atual secretário da organização sem fins lucrativos Instituto de Ciência e Políticas Públicas de Washington, D.C., faz ponderações, na minha opinião, somos todos bobos ao não ouvi-lo cuidadosamente.

Numa recente conferência, o Dr. Carlo atribuiu a responsabilidade pelo repentino desaparecimento (com uma freqüência de 72 horas) de colônias inteiras de abelhas à recente proliferação de ondas eletromagnéticas (EMF). Ele citou uma estatística segundo a qual, no presente, há cerca de 2,5 bilhões de usuários de telefones celulares no mundo. Enquanto isto (mais o crescimento explosivo das torre de telefonia celular) costumava ser algo preocupante, o problema foi significativamente exacerbado pela recente introdução do rádio por satélite. Imagine ser confinado em um ambiente fechado cheio de fumantes; seria impossível a alguém tomar um ar puro. Está se tornando igualmente difícil avaliar os danos agora mensuráveis da exposição a ondas eletromagnéticas (EMF).

O Dr. Carlo comentou que o constante efeito do ruído eletromagnético parece estar inerrompendo a comunicação intercelular entre as abelhas, de tal forma que muitas delas não conseguem achar o caminho de volta para a colméia. Suas conclusões são confirmadas em um recente estudo feito por três departamentos da Universidade de Panjab (Índia), que concluiu que as torres de telefonia celular - fonte de radiação eletromagnética dominante na cidade de Chandigarh - poderiam estar por detrás da causa do desaparecimento misterioso das borboletas, de alguns insetos (como abelhas) e de pássaros.

Andrew Weil, médico e autor de "Bem-estar Espontâneo e Oito Semanas de Ótima Saúde" concorda plenamente: "A poluição eletromagnética pode ser a forma mais significativa de poluição da atividade humana já produzida neste século, de todasa mais perigosa porque é invisível e insensível." Em alguns países, em torno de 10% da população sofrem de sérias condições induzidas por exposição a freqüências eletromagnéticas, condições que o Dr. Carlo e outros chamam síndrome da sensibilidade a membrana.

Em um recente painel, Carlo explicou : "Originalmente, este tipo de condição era resultado de elevadas exposições químicas; costumávamos chamá-lo de sensibilidade química. Agora o identificamos com o mesmo tipo de condição a que um paciente está exposto quando submetido a vários tipos de radiações eletromagnéticas. É um problema médico. Pessoas que têm a síndrome da sensibilidade da membrana apresentam sangramentos internos. Se elas estiverem numa sala onde alguém colocar um telefone celular, vão acabar tendo uma reação imediata.Vão para casa e vão ter sangramentos, e em suas fezes haverá sangue. Essa condição é muito debilitadora. Isso as incapacita parao trabalho; não podem ter um meio de vida, terão dificuldades em seus relacionamentos com crianças, que vão supor que elas as estão deixando de lado... é um problema médico muito sério."

As abelhas são a contrapartida moderna dos canários que mineiros usavam para descer às minas. Se os pássaros morressem, seria um presságio de que os mineiros deveriam tomar cuidado com gases tóxicos nas minas.Quando os canários morrem ou desaparecem, estamos sendo cautelosos de que estamos também em perigo imediato. É hora de ouvirmos a mensagem que a natureza está nos dando. A negação - truque favorito daqueles cujos lucros estão sendo ameaçados - não é mais uma opção. Como dizia Arthur Schopenhauer, "Toda verdade passa por três estágios. Primeiro, é ridicularizada. Segundo, é violentamente oposta. Terceiro, é aceita como sendo auto-evidente".

Estrmeço ao pensar que a humanidade está se demorando no estágio dois: "Não mais abelhas, não mais polinização, nmão mais plantas, não mais animais, não mais homem".
* Escritor e palestrante em Rancho Mirage, Califórnia. Colunista da United Press International e da ReligionAndSpirituality.com. Autor de "Indo a Fundo: Como Fazer Sentido em Sua Vida Quando Sua Vida Não Faz Sentido". Recebeu prêmios pela Allbooks Reviews e pela USABookNews.com como melhor escritor metafísico do ano
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