ATERRO SANITÁRIO PREOCUPA MORADORES BAIANOS
2001-10-31
O problema social do lixo na maioria dos casos é apenas transferido de local. Em Santo Antônio de Jesus (BA) o lixão saiu de perto da cidade e foi para uma área distante, na zona rural do município, onde foi implantado no ano passado o aterro sanitário compartilhado com os municípios de Muniz Ferreira e Nazaré. O mau cheiro do lixo do aterro invade as residências, prejudicando os moradores do lugar. O aterro de Santo Antônio de Jesus, dividido também com Muniz Ferreira e agora com Dom Macedo Costa (a prefeitura de Nazaré alega distância para usar o aterro) tem uma vida útil de 15 anos e pode receber, em média, 20 mil toneladas de lixo por ano. Com a demora no tratamento dos dejetos e com as chuvas que caíram nas últimas semanas, impedindo o trabalho no aterro, o mau cheiro tem se agravado e causado mal-estar para a comunidade circunvizinha. Diariamente, as 50 toneladas do lixo domiciliar recolhidas pela GPS Ambiental, empresa contratada pela prefeitura para o serviço da limpeza pública e que também é a responsável pela administração do aterro sanitário, não recebem tratamento imediato, fazendo com que o lixo leve dias acumulado. Os dejetos do Hospital Luís Argolo e das clínicas que funcionam na cidade também são despejados no local sem qualquer tipo de cuidado. De acordo com informações de Paulo Castro, secretário de Infra-estrutura de Santo Antônio de Jesus, não há necessidade de se fazer a separação do lixo. - O lixo hospitalar é depositado no centro do aterro. O calor e a ação do lixo doméstico acabam matando as bactérias. E o mau cheiro é decorrente das chuvas, que prejudicam a operação, pois o lixo fica acumulado de um dia para o outro, afirmou. Castro disse ainda que os drenos não funcionam direito, mas que os técnicos da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) já foram acionados para resolver o problema, inclusive para fazer um novo estudo do projeto do aterro junto ao CRA.(A Tarde-30/10)