O programa Portais do Guaíba sai do papel e ganha as ruas da Tristeza. Desde 26 de março, homens trabalham no primeiro belvedere que será construído no início da Rua Mário Totta. Serão oito portais em ruas que desembocam na orla. Os locais contarão com bancos, jardins, passeios e iluminação nova para apreciar a paisagem.
- Nosso objetivo é reaproximar a população do Guaíba - diz o coordenador do Grupo de Trabalho Orla da Secretaria do Planejamento Municipal (SPM), Marcelo Allet.
O projeto, uma parceira da SPM e da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), faz parte da intenção da prefeitura de revitalizar a orla. A idéia é tornar as áreas agradáveis para a comunidade e visitantes. O coordenador do Programa Guaíba Vive, vinculado à Smam, Rodrigo da Cunha, diz que a administração tem trabalhado em pequenas ações, como a troca do asfalto da ciclovia, mas é preciso, segundo ele, muito investimento para uma revitalização geral.
- Precisamos de novas áreas de contemplação e de lazer, e esses locais não podem ficar abandonados depois - declara.
A presidente do Centro Comunitário de Desenvolvimento da Tristeza, Vilas Conceição e Assunção e Pedra Redonda (CCD), Maria Ângela Pellin, recebeu a novidade com entusiasmo.
- Acredito que só temos a ganhar com esses portais. O projeto deve pôr fim ao abandono dessas áreas, que viraram depósito de lixo dos próprios moradores - diz.
A comunidade da Tristeza é otimista em relação ao portais, especialmente porque sua realização deve colocar fim a uma reclamação comum: o abandono das áreas próximas à orla. Além do lixo, os locais estão com a grama alta e têm iluminação precária.
Até o momento, apenas dois projetos estão finalizados. Nas próximas semanas, os trabalhos serão realizados na Avenida Otto Niemeyer. As duas obras serão executadas como contrapartida da empresa R Correa, que está construindo um condomínio na Mário Totta. Até 2008, a prefeitura espera concluir as obras nos demais pontos: ruas General Rondon, Vicente Failace, Dr. Barcelos, Dr. Armando Barbedo, Almirante Câmara e Padre Reus.
A Smam afirma que os outros projetos também necessitarão de investimento privado.
(Zero Hora, 09/04/2007)