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2007-04-07

O papel da sociedade civil é de extrema importância para combater a violência em áreas de desmatamento, na avaliação do membro da Coordenação Nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT), José Batista Afonso. Levantamento realizado pela Agência Brasil mostrou coincidência entre as listas dos municípios com maior número de assassinatos no país e aqueles com os maiores índices de desmatamento.

Ele cita o exemplo do município de Rio Maria, que na década de 80 era conhecido da região do Sul do Pará como um dos mais violentos do Brasil. Segundo Afonso, a sociedade foi se organizando e denunciando situações de violação dos direitos humanos nas áreas urbana e rural e, com o passar do tempo, esse enfrentamento fez com que a violência diminuísse bastante. “Não foi só pela presença do Estado, mas principalmente pela cobrança da sociedade e pela presença organizada dos movimentos sociais."

Afonso lembra que a ação do governo também é importante, especialmente na promoção de políticas públicas para a reforma agrária, segurança pública, geração de emprego e renda que atendam à população mais pobre, que está mais vulnerável a todas as formas de violência.

O ativista alerta que os governantes devem estar atentos para evitar o êxodo da população mais pobre rumo a essas regiões, em busca de falsas promessas de trabalho em grandes projetos, como os de mineradoras ou do agronegócio. “É preciso que o governo esteja atento para não ser um incentivador dessa mobilidade social que acaba criando problemas sociais graves que resultam em muitas formas de violência”, afirma.

Ao analisar as causas da violência nas regiões de desmatamento, José Batista Afonso lembra que, nas regiões onde há maior violência, de acordo com o Mapa da Violência, são os lugares onde também onde se concentram o maior número de casos de trabalho escravo, segundo dados monitorados pela Comissão Pastoral da Terra. “Há todo um componente favorável a essa situação de violência, poque você tem a presença forte de grandes empreendimentos ligados ao agronegócio, principalmente à pecuária e à soja e depois a presença também muito forte das grandes madeireiras e do processo violento da grilagem de terras públicas”, diz ele.

Afonso alerta ainda para a questão do crime organizado no campo, por meio da ação de pistoleiros que também atuam nas cidades. Segundo ele, dados da Comissão Pastoral da Terra apontam que quase a totalidade dos crimes da área rural são praticados pela ação de pistoleiros. “Ou seja, existe sempre um mandante, um intermediário que contrata e grupos de pistoleiros que estão por trás desses crimes.”

Segundo Afonso, essa não é uma situação presente apenas na área rural. Ele explica que, nas regiões de expansão da fronteira, quem controla as terras geralmente controla também os grandes empreendimentos na área urbana. “Esses grupos acabam sendo vinculados a uma situação de violência na área rural, mas eles estão também na violência praticada na zona urbana”, conclui.

A CPT é ligada à Igreja Católica e, entre outras ações, organiza levantamentos periódicos sobre a violência contra trabalhadores rurais no Brasil. A entidade também tem atuação nas regiões de recrutamento e utilização de trabalho escravo, buscando denunciar e combater essa forma de exploração.
(Por Sabrina Craide, Agência Brasil, 07/04/2007)


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