De terça (10/4) a sexta-feira a prefeitura e Emater/RS-Ascar fazem roteiro de reuniões para discutir a correção do solo. A iniciativa é necessária, já que muitos produtores não costumam se preocupar com as condições das áreas de plantio, o que pode acarretar prejuízos nas lavouras. O diagnóstico pode ser feito através de análise do terreno. A técnica de correção é simples e feita à base de calcário. O engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar Lauro Bernanrdi diz que a acidez do solo é um fator que limita a produtividade da lavoura. "Ocorre limitação do desenvolvimento radicular e baixo aproveitamento dos fertilizantes. O agricultor experiente percebe essas condições através da baixa produção e observação da ocorrência de plantas indicadoras como samambaia e carrapicho rasteiro", alerta.
"A correção da acidez através da aplicação de calcário é uma prática recomendada a cada cinco anos, devendo ser realizada preferencialmente quatro a seis meses antes do cultivo de verão", explica o agrônomo. O melhor período para a incorporação do calcário é abril e maio e com as culturas de cobertura de inverno. O secretário de Agricultura Valdir König enfatiza que todos podem pariticipar dos encontros.
Calcário
A Secretaria de Agricultura está com inscrições abertas para o programa do calcário. Além do frete a prefeitura custeia 50% do valor do produto, até o máximo de dez toneladas por agricultor, possibilitando que a saca custe R$ 27 para o produtor. Para ter direito ao benefício a exigência é a análise do solo que vai ser recuperado. Vistorias feitas há mais de três anos não têm valor. A pasta disponibiliza o trabalho do técnico Jadir Brass para fazer laudo de amostras nas propriedades com metade do custo subsidiada.
Dicas para melhorar a produção na lavoura
A correção do solo deve estar dentro do planejamento da propriedade como um todo. Corrigir áreas mais favoráveis, menos sujeitas à erosão, deixando as áreas mais dobradas para o reflorestamento. Investir um pouco por ano, aproveitando o subsídio do programa municipal (50% do valor da análise de solo e 100% do frete). A correção deve estar sempre associada às práticas de conservação.
(O Informativo do Vale, 06/04/2007)