A falta de técnicos na Emater do Rio Grande do Sul está prejudicando a produção rural em cidades do interior gaúcho. O presidente do órgão, Mario Nascimento, reconhece que a estrutura é insuficiente para atender a demanda estadual.
Nascimento, que assumiu a função no mês passado, entende que o setor é estratégico para a economia gaúcha e por isso, ao invés dos cortes exigidos pelo governo, ele entende que são necessários investimentos.
Hoje, o único órgão estadual para assistência técnica a produtores rurais tem uma média de um veterinário ou agrônomo para cada 400 agricultores em pelo menos 10% dos municípios gaúchos. O mínimo necessário seriam três técnicos. Nos últimos quatro anos, enquanto 170 técnicos deixaram a Emater, nenhum profissional foi contratado.
A atuação do órgão é considerada essencial para a maior parte dos municípios gaúchos nos quais a economia depende da agropecuária. A agricultura familiar, que prevalece em cidades do norte do Estado, também sofre com a escassez de veterinários e agrônomos.
O presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul, Glademir Aroud, ressalta que a economia do Estado está perdendo dinheiro com a escassez de técnicos e, por isso, pediu contratações na Emater.
Ainda não há previsão para que concursos públicos sejam realizados, mas a Emater pretende angariar recursos nacionais e internacionais com a apresentação de projetos específicos para assistência técnica rural.
(ClicRBS, 04/04/2007)