Em discurso no Plenário nesta quarta-feira (04/04), o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) defendeu a construção de novas usinas hidrelétricas na região amazônica, projetos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Para o senador, que leu e comentou reportagem da revista Veja, a geração de energia deve ter prioridade se o Brasil quiser evitar "um eventual apagão energético".
Apesar de necessária para o país, disse Arthur Virgílio, a construção das hidrelétricas está comprometida por "embaraços burocráticos" referentes às licenças ambientais que precisam ser expedidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A reportagem, leu Arthur Virgílio, afirma que o governo tem sido incapaz de "fiscalizar e impedir a destruição de áreas que devem ser preservadas".
A reportagem, continuou o senador, trata dos impactos ambientais e sociais que a construção de usinas como as hidrelétricas de Balbina, no Amazonas, e de Tucuruí, no Pará, acarretou à região. Uma das usinas previstas pelo PAC, a de Belo Monte no Pará, disse o senador, está projetada para uma área de grande biodiversidade e vizinha de tribos indígenas.
- Evidentemente, cabe ao Estado o dever de impedir que o crescimento da produção ocorra à custa de desmatamento da Floresta Amazônica. As dificuldades criadas por motivo ambientalista vão adiar, mas não devem impedir para sempre, a instalação de outras hidrelétricas na Amazônia - afirmou.
(Por Augusto Castro,
Agência de Notícias do Senado, 04/04/2007)