A ministra Marina Silva lançou oficialmente ontem (4/4) o Sistema Brasileiro de Informação sobre Educação Ambiental (Sibea). O portal (www.sibea.mma.gov.br) pretende ser uma fonte específica de informações permanente e atualizada sobre três itens: especialistas, instituições e redes sociais da área ambiental. Elaborado pela Diretoria de Educação Ambiental do MMA e o Instituto Stela, o Sibea faz parte do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (Sinima) e servirá como "ferramenta" de mobilização social para o desenvolvimento e o fortalecimento de ações de educação ambiental no Brasil.
O portal foi concebido para que os usuários (principalmente educadores) "naveguem" com facilidade, rapidez e agilidade pelas páginas. "O Sibea é um sistema público, não governamental. É de toda a sociedade. Não tenho dúvidas de que a tecnologia a ser manejada será importante fator de promoção da educação ambiental, pela capacidade de integração de todas aquelas pessoas preocupadas com a questão", disse Marina Silva. "Estamos lidando com uma plataforma de trânsito fundamental e estratégica para a afirmação de uma nova cultura civilizatória", disse.
Segundo o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Claudio Langone, ao dar corpo ao Sibea, o MMA trabalha dentro da lógica de irradiar a política nacional ao País, ajudando a organizar os sistemas estaduais de meio ambiente, bem como as redes e os grupos do setor. "Outro dado importante da inauguração do Sibea é nossa preocupação em afirmar no País uma política de informação, ultrapassando a mera discussão 'pesada' sobre equipamento para pensar na 'lógica' do sistema", disse.
A plataforma usada na constituição e no Sistema Nacional de Meio Ambiente (ao qual o Sibea está relacionado) é inovadora em termos de aplicação. "Além do baixo custo, o sistema pode ser amplamente utilizado, promovendo amplo acesso e integração das redes", disse Langone, citando ainda outras iniciativas semelhantes ao Sibea, como o portal florestal, o portal nacional de licenciamento e o sistema de informação de recursos hídricos, em fase de elaboração e implantação.
Segundo o secretário, MMA e a sociedade precisam também utilizar o Sibea para aumentar o nível de interlocução do setor de educação ambiental com o conjunto das políticas ambientais do País. "Temos pela frente o desafio de afirmar o Sibea, mas também de pensar que ele deve ser um meio não só de fortalecer a integração de educadores ambientais, mas de fortalecer a relação destes com um conjunto mais amplo da gestão da política ambiental do Brasil. Nesse sentido, é essencial a abordagem de uma questão especial, o tema da mudanças climáticas", disse Langone.
(Por Rubens Junior, Ministério do Meio Ambiente, 04/04/2007)