Um acordo assinado entre a China, o governo da Noruega e a Agência Das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) resultará em um investimento de US$ 2 milhões em programas de combate às causas e aos efeitos da mudança climática em províncias chinesas. O país é o segundo maior emissor de gás carbônico proveniente de atividades humanas (16,5% do total global), atrás apenas dos Estados Unidos, segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) 2006.
O projeto será implementado em sete províncias chinesas e deve ser lançado até a metade deste ano. Ele vai auxiliar os governos locais a identificar riscos potenciais da mudança climática e a desenvolver estratégias para enfrentá-los.
“O projeto vai ajudar particularmente as regiões mais pobres e vulneráveis a se adaptarem aos efeitos adversos da mudança climática, por meio de estratégias provinciais”, disse o representante da ONU e do PNUD na China, Khalid Malik, durante o evento de assinatura da parceria, em 26 de março.
Em Qinghai (no Tibete), o projeto ajudará os governos locais a diminuir os efeitos do derretimento do gelo. As geleiras da região, que são a segunda maior fonte de água do mundo e mantêm sete dos maiores rios da Ásia, estão diminuindo mais rapidamente do que qualquer outra.
A iniciativa também ajudará a diminuir as emissões de gases de efeito estufa na província de Shanxi (nordeste do país) e na região autônoma da Mongólia Interior, maiores produtoras de carvão da China. A queima de combustíveis fósseis é uma das maiores fontes de emissão de dióxido de carbono para a atmosfera.
De acordo com o RDH 2006 — que considerou a emissão da queima de combustíveis fósseis e de gases liberados por refinarias, plataformas de petróleo, indústrias, aterros sanitários e construção civil — o país emitiu 3,2 toneladas métricas per capta do gás poluente em 2003 (ano do último levantamento), duas vezes mais que o Brasil.
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Agência PNUD, 04/04/2007)