A Apple ficou em último lugar no ranking de 14 fabricantes de eletrônicos "verdes" elaborado pelo grupo ambientalista Greenpeace. A companhia chinesa Lenovo ficou em primeiro lugar. A classificação foi feita com base na avaliação dos esforços das empresas para limitar o uso de substâncias químicas perigosas durante o processo de produção e para reciclar itens obsoletos ou quebrados.
A porta-voz do Greenpeace, Iza Kruszewska, afirmou que a Apple não parou de usar diversos tipos de químicos prejudiciais em sua manufatura e - diferentemente de outras companhias- não estabeleceu nenhum cronograma para eliminá-los. A Apple disse em uma primeira reação que rejeita o sistema de classificação do Greenpeace e que seus produtos estão entre "os mais verdes" no mercado, de acordo com outros rankings.
O relacionamento entre o Greenpeace e a Apple, que chegou a participar de reuniões com o grupo ambientalista sobre o ranking, tem se deteriorado desde que o Greenpeace criou um site ("Green my Apple") que se dedica a criticar as políticas ambientais da fabricante, acrescentou Kruszewska.
Lenovo
A porta-voz do grupo ambientalista também afirmou que a Lenovo, que comprou a divisão de computadores pessoais da IBM em 2005, tem tentado diminuir seu impacto ambiental desde que a lista foi criada, em agosto de 2006. A Lenovo foi a primeira das gigantes eletrônicas a oferecer a todos os consumidores a oportunidade de devolver computadores para reciclagem, disse Kruszewska.
Ela admitiu que a seleção das fabricantes e os critérios de classificação são subjetivos. Mas o Greenpeace tentou ser "justo e transparente" ao alertar as empresas antecipadamente, informou. A lista completa do ranking de fabricantes "verdes" do Greenpeace, pela ordem, é: Lenovo, Nokia, Sony Ericsson, Dell, Samsung, Motorola, Fujitsu-Siemens, Hewlett-Packard, Acer, Toshiba, Sony, LG, Panasonic e Apple.
(Folha Online, 03/04/2007)