A China irá revelar seu plano nacional para enfrentar o aquecimento global no próximo mês. O anúncio irá incluir medidas para cortar emissões de dióxido de carbono, afirmou um funcionário do alto escalão.
Gao Guangsheng, chefe do escritório do Comitê de Coordenação Nacional para Mudanças Climáticas, informou que o plano, que será anunciado em 24 de abril, inclui políticas para cortar as emissões de gases do efeito estufa (GEE), mas recusou-se a comentar se haverá uma meta nacional geral. “Nós tornaremos claro com quais políticas e em quais áreas planejamos reduzir as emissões de GEE”, disse Gao em um fórum de energias renováveis em Pequim.
Com base nos últimos dados energéticos do país, analistas da Agência Internacional de Energia estimam que a China pode se tornar o maior emissor de GEE ainda este ano, ultrapassando os Estados Unidos. Gao recusa-se a comentar esta previsão porque considera que o país não possui uma idéia exata das suas emissões.
Agora, está sendo produzido um inventário, mas os resultados devem levar até três anos para serem apresentados. Pequim tem resistido aos chamados para lidar com suas emissões crescentes dizendo que o aumento da temperaturas global é resultado muito mais dos combustíveis fósseis utilizados por nações industrializadas e que se sente no direito de alcançar o mesmo nível de prosperidade que os países ricos possuem.
Mas 35 nações desenvolvidas que acordaram em reduzir as emissões pelo Protocolo de Kyoto pensam diferente. Eles querem mais adeptos, inclusive China e Estados Unidos. Gao também descartou qualquer possibilidade de negociar emissões nos próximos dois ou três anos, embora tenha estado presente no lançamento de um esquema da ONU que inclui negociação de carbono.
(Traduzido por Sabrina Domingos, CarbonoBrasil: fonte Reuters, 31/03/2007)