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etanol política energética internacionalização de terras
2007-04-02

O senador Geraldo Mesquita (PMDB-AC) reiterou, nesta sexta-feira (30/03), no plenário, que o Brasil deve defender com firmeza seus interesses e não agir de forma subserviente nas negociações sobre o comércio do etanol com o governo norte-americano. Mesquita Júnior leu artigo de Frei Betto sobre esse tema, publicado no jornal Correio Braziliense, intitulado "Do Carnaval ao imenso canavial", no qual o ex-assessor do governo defende a adoção de severas medidas para impedir que o país se torne imenso canavial em mãos estrangeiras.

Historicamente, o Brasil tem-se relacionado de forma subserviente quando se trata de estabelecer negociações com os produtos nacionais, segundo o senador. Mesquita Júnior disse não ser xenófobo, mas alertou para que, nas negociações sobre o etanol com o governo norte-americano, o Brasil garanta, nos termos de seus contratos, proteção para o produto nacional e melhor tratamento para a mão-de-obra brasileira, que, nesse setor, observou, é historicamente escravizada.

- Vamos negociar, mas em igualdade de condições, para que não entreguemos o que é nosso sem zelo, de mão aberta - disse Mesquita Júnior.

O parlamentar leu artigo de Frei Betto e pediu que o texto fosse incluído nos anais do Senado. Segundo ele, o artigo também faz alerta nesse sentido, chamando a atenção do governo para que haja firmeza nas negociações com o governo norte-americano.

De acordo com Frei Betto, George W. Bush está interessado no etanol brasileiro, fonte alternativa de energia extraído da cana e com a metade do custo do produto produzido pelo milho feito nos Estados Unidos, valendo um terço do preço do etanol europeu obtido da beterraba e 30% inferior ao preço da gasolina, além de não ser poluente.

Para Frei Betto, o Brasil poderá tornar-se um país rico se o governo agir com firmeza e detiver a ganância das multinacionais, observando ainda que Bill Gates e sua Ethanol Pacific já estão de olho nas terras de Goiás e Mato Grosso, enquanto franceses, japoneses, holandeses e ingleses querem investir em usinas de álcool.

Num dos trechos do artigo, Frei Betto afirma: "Se o Planalto não tomar a defesa da soberania nacional, o imenso canavial Brasil estará produzindo combustível para os países industrializados que, na defesa de seus interesses, cuidarão da segurança de seus negócios aqui, ou seja, regressaremos ao estágio colonialista de República, não das Bananas, mas da Cana".

Em outro trecho, Frei Betto diz que Bush não veio ao Brasil preocupado com a miséria em que vivem milhões de brasileiros, mas para "soprar aos ouvidos do presidente Lula para o Brasil dar as costas à Venezuela petrolífera de Chávez e erguer seu copo de garapa orgulhoso de sua energia vegetal, feliz por não chover álcooldólares na lavoura nacional".

O senador Valter Pereira (PMDB-MS) disse, em aparte, que a posição de Frei Betto é extremamente atrasada e ponderou que o Brasil não pode ficar atrelado somente a países como a Venezuela, pois o presidente Hugo Chávez não é uma referência para o país. Disse ainda que o governo brasileiro está fazendo negócios com os Estados Unidos e que a principal âncora das relações internacionais é o comércio.

O senador Pedro Simon (PMDB-RS), também em aparte, sugeriu que uma das comissões do Senado convide Frei Betto para que fale sobre sua estada no governo e faça uma análise da atual situação do país.
(Por Helena Daltro Pontual, Agência de Notícias do Senado, 30/03/2007)


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