A certificação como instrumento de apoio para alcançar a sustentabilidade ambiental e economica na exploração madeireira da AmazoniaLegal
2007-04-02
Tipo de trabalho: Dissertação de Mestrado
Instituição: Instituto de Geociências da Univesidade Estadual de Campinas (Unicamp/SP)
Ano: 1999
Autora: Adele Vita
Resumo:
Este trabalho propõe uma discussão sobre a natureza da relação existente entre os programas de rotulagem ambiental e a produção de madeira extrativa no Brasil, particularmente no que tange às tecnologias de exploração na Amazônia Legal. Neste sentido, discute-se o impacto e a eficácia dos programas de certificação de manejo florestal sustentável em assegurar a sustentabilidade das florestas tropicais e com isso a continuidade da produção de madeira. Em primeiro lugar, contextualizou-se o conceito de qualidade ambiental, recuperando os elementos que ao longo da década de oitenta foram responsáveis para a concretização e difusão deste conceito como novo fator capaz de influenciar tanto os padrões competitivos de países e empresas, como os de comércio internacional. Dentro desta perspectiva apresentou-se o funcionamento desses sistemas de certificação de manejo florestal, destacando as iniciativas mais significativas existentes em nível internacional, nacional e regional, as vantagens e desvantagens na adoção desses instrumentos, discutindo enfim a efetividade no alcance da sustentabilidade florestal. O argumento desenvolvido neste trabalho é de que a certificação de madeira, mesmo possuindo o potencial econômico e político para promover o uso sustentado das florestas, caso usada singularmente, é insuficiente no alcance deste objetivo. Isso é explicado pela presença de ineficiências devidas ao seu estado incipiente e pela complexidade das realidades econômicas, sociais, institucionais e políticas da maioria dos países em desenvolvimento. No estudo desta questão na região Amazônica são apresentadas as principais iniciativas presentes, analisadas quanto ao impacto provocado e quanto à identificação das necessidades de integrar iniciativas voluntárias com uma maior participação do Estado tanto em relação às ações de fiscalização como a respeito de um maior apoio no desenvolvimento e capacitação tecnológica para que sejam modificados ambos processos de exploração e processamento de madeira.