Os pesquisadores Adalberto Veríssimo e Danielle Celentano
avaliaram 17 indicadores e traçaram a evolução de sete dos oito Objetivos do
Milênio entre 1990 e 2005. "Em geral", escrevem, "essa melhoria
ainda é insatisfatória e a região está abaixo da média nacional".
Entre
dez metas estudadas, duas apontam inversão. Uma delas é a taxa de desmatamento
da floresta amazônica: foi de 10% em 1990 (13,7 mil km2) para 17% em 2005 (18,8
mil km2), com picos de mais de 20 mil km2.
Mas
a justificativa não alivia a responsabilidade: a meta da ONU é, até 2015, deter
e começar a reduzir a propagação da doença. O número de óbitos para cada 100
mil nascidos vivos na Amazônia subiu de 57 em 1996 (o dado mais antigo
disponível para o Imazon) para 58 em 2004. Em comparação, no Brasil o número
aumentou de 52 para 54 no mesmo período - enquanto a meta é reduzir para 13 mortes
por 100 mil nascidos vivos.
(O Estado de São Paulo, 01/04/2007)