O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) proibiu a pesca em cinco cidades do recôncavo baiano e em duas ilhas de Salvador. A medida foi tomada ontem (29/3), depois de terem morrido na região pelos menos 50 toneladas de peixes.
As mortes estão acontecendo desde o início do mês. O Ibama ainda desconhece os motivos da mortandade, por isso, desaconselha a população a consumir tanto os peixes quanto os animais marinhos dessa região. O Ibama já está analisando a situação e estima que tenha respostas na próxima semana.
Segundo o superintendente do Ibama na Bahia, Célio Costa Pinto, as cinco cidades decretaram estado de emergência. Por causa dessa situação, explica, cerca de oito mil famílias, que vivem da pesca e da produção de mariscos, estão sobrevivendo com a doação de cestas básicas.
"Estamos tomando uma série de providências, no sentido de monitorar a situação dia-a-dia. Estamos recebendo uma equipe do Ibama de Brasília, que no sábado vai fazer um sobrevôo na região”, explicou em entrevista à Radiobrás.
O superintendente lembra ainda que na próxima semana, estão previstas reuniões entre representantes do Ibama e de órgãos estaduais para avaliar os exames de laboratório para”tentar chegar às causas do problema”.
De acordo com Célio Costa Pinto, o Ibama ainda vai acompanhar os trabalhos dos prefeitos, para que “se interdite efetivamente o consumo do pescado, e se conscientize o população para que não consuma os peixes”.
Na região, destaca o superintendente do Ibama, já existe uma equipe da secretaria especial de aquicultura e pesca para realizar um mutirão de cadastramento dos pescadores. Eles receberão o seguro defeso, ou seja, um salário mínimo, durante o período que durar a proibição da pesca na área.
(Por Juliane Sacerdote, Agência Brasil, 29/03/2007)