Iniciado na Escola Municipal de Ensino Fundamental Bruno Laux em 2005, um trabalho para conscientizar crianças sobre o destino correto para pilhas se tornou exemplo para todo o município de Condor, no noroeste do Estado.
Em vez de jogar no lixo comum, estudantes e população estão descartando baterias em caixas de coleta, espalhadas por escolas, mercados e prefeitura. Dois tonéis de 60 quilos foram arrecadados e repassados para a coleta.
Chamado de Pilhas Úteis, Mas Poluentes: o que fazer?, o projeto foi desenvolvido pela professora Eunice Pereira Martins junto aos alunos da pré-escola dois anos atrás.
- Não podemos colocar as pilhas no lixo comum porque polui. Se ela vai para o rio, os peixes ficam ruins, e a gente não pode comer eles - contou Pâmela Eduarda Santos de Freitas, seis anos.
Das caixas de coleta criadas pelas crianças, a campanha foi ganhando força em toda a comunidade. Elas visitaram outras escolas, distribuíram folhetos e foram entrevistados por uma estação de rádio para ensinar o que fazer com as pilhas.
O problema do descarte
- Pilhas e baterias são descartadas no lixo comum por falta de conhecimento dos riscos que representam à saúde humana e ao ambiente, ou por carência de outra alternativa de descarte
- Esses produtos contêm metais pesados como mercúrio, chumbo, cádmio, níquel, entre outros
- Esses metais, sendo bioacumulativos, depositam-se no organismo, afetando suas funções orgânicas
- Outras substâncias tóxicas presentes nesses produtos podem atingir e contaminar lençóis freáticos, comprometendo a qualidade desses meios e seu uso posterior como fontes de abastecimento de água e de produção de alimentos
Fonte: www.inmetro.gov.br
(Caderno Ambiente - Zero Hora, 29/03/2007)