Uma pesquisa realizada por meio do site da Fundação Procon-SP e divulgada ontem (28/3), revela que os consumidores precisam de uma injeção extra de conscientização ambiental.
Segundo a pesquisa, quase metade dos consumidores (44%) ao comprarem um produto não levam em conta se a empresa tem preocupação ambiental e social. Apenas 21,94% mostraram preocupação com a postura do fabricante.
Em tempos de forte discussão ambiental, principalmente por conta do aquecimento global, a pesquisa ainda mostra que 51% dos consumidores não buscam saber se a embalagem é reciclável - apenas 19% disseram sempre se preocupar com a questão. Ainda segundo a pesquisa, 41% dos consumidores não separam o lixo para reciclagem.
Ainda dentro da pesquisa de hábitos de consumo ligados ao meio ambiente, 55% responderam que não retornam as baterias usadas para o fabricante; somente 28% disseram sempre realizar a devolução e 17% afirmaram devolver às vezes. Por sua vez, a pesquisa mostra um dado positivo com relação ao lixo nas praias: 90% responderam que, quando vão ao litoral, sempre se preocupam em jogar o lixo em algum latão ou levá-lo para casa.
Ao serem questionados se utilizam o transporte público ao menos uma vez por semana para deixarem o carro em casa, 63% disseram fazer isso sempre e 24% afirmaram que nunca deixam de utilizar o carro.
Na área de utilização racional de água e energia elétrica, os dados são mais animadores e denotam maior conscientização com esta área. Dentro da pesquisa, 69% afirmaram que nunca deixam a torneira aberta enquanto escovam os dentes, contra apenas 13% que afirmam que sempre deixam-na aberta. Ainda na amostra, 52% revelaram que nunca deixam a luz acesa quando saem de um determinado ambiente.
Com relação à energia elétrica na hora de passar roupas, 72% disseram sempre esperar juntar uma grande quantidade de roupas. Mas quando o assunto é banho, os dados se mostram mais desanimadores: 39% admitem que o banho sempre passa de dez minutos e outros 42% disseram que isso ocorre às vezes.
Essa amostra é de 392 questionários respondidos entre 7 de fevereiro e 5 de março e não tem segmentação por sexo, idade, faixa etária, escolaridade ou classe social.
(Por Pedro Henrique França, O Estado de S. Paulo, 28/03/2007)