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2007-03-27
Hong Kong é a capital mundial da indústria de pesca de peixes de recife, um comércio lucrativo que está devastando os recifes do Oceano Pacífico. Considerada uma iguaria especial, a demanda por esses peixes cresceu junto com a florescente economia chinesa, colocando algumas espécies, como o napoleão (Cheilinus undulatus), em perigo de extinção.

"Você pode não conseguir comê-lo daqui a quatro ou cinco anos, não importa quanto você pague. Este é o favorito dos chineses", disse um mercador de peixe. Tanques nos restaurantes de Hong Kong estão cheios de peixes exóticos trazidos de todo o Sudeste Asiático, da Austrália e até de ilhas remotas do Pacífico, como Fiji e Vanuatu.

Com o estoque marinho já exaurido em águas próximas, os comerciantes de Hong Kong estão indo cada vez mais longe para encontrar peixes cada vez mais raros, como napoleões e garoupas. "Basicamente, (a pesca por peixes de recife) tem sido como um aspirador de pó em toda a região", disse Andy Cornish, diretor de conservação do WWF - Fundo Mundial para Natureza em Hong Kong. "Recifes perto de Hong Kong foram exauridos há décadas, e o comércio tem ido cada vez mais longe para encontrar peixes", afirmou.

Segundo biólogos, peixes de recife são altamente vulneráveis à pesca excessiva, porque precisam de cinco a dez anos para atingir a idade reprodutiva. Administrar a pesca é difícil porque boa parte dela é feita em escalas reduzidas, por pequenas comunidades. "A demanda por peixes de recife é alta demais (...) As populações continuarão a declinar se nada for feito", alertou a bióloga marinha Yvonne Sadovy, professora da Universidade de Hong Kong.

"A China é onde a demanda por peixes de recife é particularmente alta e deve crescer (...) Muitos dos peixes que chegam a Hong Kong são exportados para a China", afirmou Sadovy. Neste mês, a IUCN - União Mundial para a Conservação lançou um alerta de que 20 espécies de garoupas - uma iguaria comumente servida em banquetes chineses - estão ameaçadas de extinção.

Método de pesca
Grandes partes de recifes nas Filipinas, na Indonésia e na Malásia estão ficando sem vida marinha por causa da pesca excessiva e do uso - ilegal - de cianeto para capturar os peixes vivos. Mergulhadores lançam a toxina no recife para atordoar os peixes. Mas isso acaba matando boa parte de outras vidas marinhas, incluindo o coral. Apenas cerca de um quarto dos peixes sobrevive a esse método e chega aos restaurantes, afirmam especialistas.

Comerciantes de Hong Kong viajam por milhares de ilhas na Indonésia, na Malásia e nas Filipinas, coletando os peixes vivos de pescadores locais. Um quilo de napoleões custa até US$ 200. Um adulto chega a mais de dois metros e pode pesar 200 quilos. "É bastante dinheiro para um pescador", disse George Woodman, diretor do grupo de conservação Teng Hoi.

O Departamento de Agricultura, Pesca e Conservação de Hong Kong tomou o primeiro passo em dezembro para administrar o comércio de peixe de recife ao requisitar licenças de importação para napoleões, o único peixe de recife listado como potencialmente ameaçado pela Convenção sobre o Cites - Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora Selvagem.

"Isso é um teste", disse Cornish, do WWF. "Se todos os países como as Filipinas ou a Indonésia começassem a desenvolver um plano de manejo para essas espécies, isso seria fantástico", completou. Em dezembro, Manila prendeu cerca de 30 pescadores chineses suspeitos de pesca ilegal. O navio levava mais de 300 napoleões vivos, com destino para Hong Kong.
(Reuters, 26/03/2007)
http://www.ambientebrasil.com.br/rss/ler.php?id=30260

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