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2007-03-26
Faltam 8 mil lixeiras em Porto Alegre. Pela ação de vândalos ou falta de conservação, as ruas da cidade sofrem com poucos locais para descartar o lixo. A ausência é sentida principalmente onde há maior concentração de pessoas, como nas avenidas Borges de Medeiros e Salgado Filho, no Centro.

Para atender as milhares de pessoas que caminham por dia pela Salgado Filho, a avenida conta com apenas uma papeleira. Sozinho ao longo dos cerca de 500 metros da via que concentra diversos pontos de ônibus e suas filas, o cesto quase não é percebido.

Na falta de local adequado para jogar o lixo, muitos acabam deixando a sujeira no chão. A situação não é pior porque alguns itens são cobiçados por catadores, para reciclagem. Mas tocos de cigarro, papéis de bala e folhetos vagam entre o asfalto e a calçada.

No dia 14 de março, Zero Hora percorreu a Salgado Filho e outras duas das principais vias da região e encontrou cenários parecidos: os equipamentos, quando existem, estão quebrados, pichados ou retorcidos. Em muitos pontos, hastes de ferro identificam que no espaço havia uma lixeira.

Quem trabalha nessas vias tenta mantê-las limpas improvisando. Na Salgado Filho, a vendedora de sorvetes Nara Fernandes dos Santos de Vargas, 28 anos, oferece uma cesta aos clientes, disputada por todos que passam pela avenida.

- Se não cuidar, jogam até em cima de mim - brinca ela, que trabalha no local há 13 anos.

A situação revolta a enfermeira Alciones Friedrich, 36 anos, que já se habituou a esperar o ônibus rodeada por papéis, copos e garrafas.

- Às vezes, levo o lixo para casa para não jogar no chão - protesta.

Também faltam papeleiras na Borges de Medeiros, especialmente no trecho entre a Loureiro da Silva e a Salgado Filho. Com exceção da Praça Daltro Filho, em 1,3 quilômetro há apenas seis recipientes para o descarte de lixo.

Um deles só existe por iniciativa dos taxistas do ponto ao lado do Viaduto Otávio Rocha, que amarraram um cesto a uma placa.

- Nós trazemos sacolas de casa e trocamos umas três vezes ao dia, porque a lixeira fica cheia - conta o taxista Cleiton Almeida, 38 anos.

A prefeitura reconhece a falta de equipamentos na cidade, mas credita o problema ao vandalismo. Desde 2003, não são feitas reposições de lixeiras, com exceção de algumas substituições pontuais.

- As três lixeiras em frente à prefeitura têm de ser reparadas a cada 15 dias devido à depredação - observa o diretor-geral do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), Mário Fernando dos Santos Moncks.

A compra das 8 mil lixeiras que reabastecerão a cidade deve ser realizada em cerca de quatro meses, afirma Moncks. O edital de licitação está em fase final e deverá ser apresentado em audiência pública à comunidade no dia 29 de março.

A reunião com a população é uma exigência do processo licitatório. Servirá para ouvir as demandas dos moradores quanto à falta de lixeiras e a opinião sobre o novo sistema de limpeza mecanizada que deve ser implantado na cidade.

- Após o lançamento do edital, a compra deve ser realizada em até 90 dias - afirma o diretor do DMLU.

Comércio mantém cestos na Andradas
Quem caminha pelo Centro pode se surpreender ao passar pelo calçadão da Rua dos Andradas, em direção à Rua Senhor dos Passos. Diferentemente das ruas do entorno, lixeiras são conservadas no espaço.

O que talvez explique a manutenção dos equipamentos são as marcas publicitárias de lojistas do entorno coladas à lixeira. O problema é que a prática não tem autorização do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU).

Na esquina com a Borges de Medeiros, já é possível notar a diferença. Em apenas uma quadra, há seis papeleiras. Tampas soltas e hastes vazias indicam que o vandalismo também destrói os equipamentos na avenida. O diferencial, afirma o comerciante Venceslau Rodrigues, 46 anos, é que, a cada vez que uma lixeira é danificada, o reparo é providenciado em seguida:

- Cuido de duas há uns cinco anos. A gente mantém limpa porque nosso nome está ali. Além disso, beneficia quem passa pela rua.

A exploração de espaço publicitário em lixeiras não é permitida pelo DMLU. O último contrato que concedia o direito de comercialização dos espaços foi encerrado em 2003. Conforme o diretor-geral do órgão, Mário Fernando dos Santos Moncks, a concessão não foi renovada por falta de interessados.

Moncks afirma que o DMLU deve contratar uma empresa para realizar a compra e a instalação das lixeiras. Mas não prevê a exploração dos espaços publicitários.

- Isso é complicado. Nem todas as ruas têm interesse comercial e são poucos os comerciantes que querem ver a sua marca associada a esse tipo de equipamento - disse.

Número de lixeiras
> Avenida Borges de Medeiros (entre Avenida Loureiro da Silva e o Mercado Público) - 6
> Avenida Salgado Filho - 1
> Rua dos Andradas (entre a Avenida Borges de Medeiros a Rua Senhor dos Passos) - 13
> Segundo o DMLU, faltam 8 mil lixeiras na cidade
(Por Michele Silva, Zero Hora, 26/03/2007)

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