O Dia Internacional da Água (22/3) foi de trabalho no Lago Dourado. Desde o final do ano passado, o complexo está passando por uma série de melhorias, com objetivo turístico e ambiental. As obras iniciaram ainda no final do ano passado.
Segundo o gerente regional da Companhia Rio-grandense de Saneamento (Corsan), a primeira parte da pavimentação da taipa no entorno do lago já foi concluída. Agora, também está sendo terminado o pórtico de entrada do reservatório. O investimento total nessas duas construções é de R$ 1,4 milhão.
A próxima etapa foi definida a partir de um acordo de compensação ambiental feito com o Ministério Público em 2006. O termo de ajustamento de conduta prevê o plantio de 100 mil árvores na região que circunda o Lago Dourado. Por meio do acordo a estatal terá a responsabilidade pelo reflorestamento.
As mudas que não forem plantadas naquele local serão levadas para as áreas de mata ciliar. “Essa parte deve ser iniciada já nas próximas semanas”, informou Stein. O objetivo da proposta é ajudar a implementar as ações de educação ecológica.
Além do lago, foi feito também o cercamento da barragem de captação em Rio Pardinho e a pavimentação da estrada até o local. Na mesma área, ainda está em fase de conclusão a obra de construção do Centro de Educação Ambiental, que deve ficar pronta em abril.
A intenção do projeto, de acordo com o presidente da Corsan, é transformar a casa em espaço para visitação, onde os alunos poderão conhecer todo o processo de captação e fornecimento de água por meio de vídeos. O local também poderá ser aberto para visitação orientada durante os fins de semana.
Além da projeção turística, hoje o abastecimento da cidade vem todo do Lago Dourado, que tem uma capacidade de 3 milhões de metros cúbicos, frente a um consumo de 1 milhão de metros cúbicos por mês. Apenas em dias de manutenção dos equipamentos a água é retirada direto do Rio Pardinho. Em uma situação de estiagem, o reservatório teria autonomia de pelo menos quatro meses.
PRIVADA – O projeto ainda prevê uma segunda parte de revitalização do complexo. Entre as propostas está a construção de quadras esportivas, pistas de skate, bicicross, praça de alimentação, área para jogos e instalação de um teleférico. Essas obras, no entanto, não serão realizadas com recursos do governo estadual, como as atuais. A idéia foi entregue à Prefeitura, que vai tentar parcerias com a iniciativa privada a fim de realizar as construções. A previsão é de que os investimentos cheguem a R$ 18 milhões.
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Gazeta do Sul, 23/03/2007)