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Prefeitura de Caxias do Sul contraria tradicionalistas e ambientalistas com criação de Parque do Gaúcho
2007-03-20
Passada mais uma edição do Rodeio Nacional Campo dos Bugres, nos pavilhões da Festa da
Uva, volta à tona o debate sobre a área mais adequada para essa e outras festas campeiras
na cidade. De um lado estão a 25ª Região Tradicionalista (25ª RT) e a prefeitura, que
planeja adquirir e construir o Parque do Gaúcho na Cancha do Biffi, às margens da Rota do
Sol (RST-453), para onde seria transferido o rodeio e organizadas atividades campeiras
todo o ano. De outro estão ambientalistas, que defendem a preservação do terreno na
rodovia, e o patrão do CTG Campo dos Bugres, Guerino Pisoni, que prefere manter o rodeio
dentro dos Pavilhões.
Para justificar a aquisição da Cancha do Biffi, o vice-prefeito Alceu Barbosa Velho - representante do Executivo na questão - cita o alto custo do aluguel dos Pavilhões. Os números do último rodeio, que ocorreu de 3 a 11 de março, mostram que as despesas giraram em torno de R$ 500 mil para a organização, que é do CTG. Já para a compra e reparos na nova área, com previsão para ser definida no mês que vem, Alceu acredita que a prefeitura gaste em torno de R$ 1 milhão. A manutenção ficaria sob responsabilidade da 25ª RT.
Dizendo-se representante de patrões de CTGs da região, Pisoni argumenta que o único lugar com capacidade para abrigar um evento com segurança é os Pavilhões.
- Meia hora depois de um temporal está tudo seco, e as provas continuam. Em outros lugares, o rodeio ficaria inviabilizado. Gastamos R$ 500 mil em um evento desses. Não podemos arriscar - argumenta.
Ambientalistas temem danos
A transformação da Cancha do Biffi no Parque do Gaúcho revolta ambientalistas desde as primeiras especulações da compra da área pela prefeitura. O principal motivo é que o terreno faz parte da bacia de captação de água da represa Maestra. Eles temem que, com a realização de grandes eventos, o solo seja compactado e dificulte a absorção da água da chuva.
- O que mais me preocupa é o aval da prefeitura. Quem deveria preservar está comprando uma área para ser destruída - desabafa o presidente do Grupo de Urbanismo e Meio Ambiente (Gruma), Orlando Michelli.
(Jornal Pioneiro, 20/03/2007)
Para justificar a aquisição da Cancha do Biffi, o vice-prefeito Alceu Barbosa Velho - representante do Executivo na questão - cita o alto custo do aluguel dos Pavilhões. Os números do último rodeio, que ocorreu de 3 a 11 de março, mostram que as despesas giraram em torno de R$ 500 mil para a organização, que é do CTG. Já para a compra e reparos na nova área, com previsão para ser definida no mês que vem, Alceu acredita que a prefeitura gaste em torno de R$ 1 milhão. A manutenção ficaria sob responsabilidade da 25ª RT.
Dizendo-se representante de patrões de CTGs da região, Pisoni argumenta que o único lugar com capacidade para abrigar um evento com segurança é os Pavilhões.
- Meia hora depois de um temporal está tudo seco, e as provas continuam. Em outros lugares, o rodeio ficaria inviabilizado. Gastamos R$ 500 mil em um evento desses. Não podemos arriscar - argumenta.
Ambientalistas temem danos
A transformação da Cancha do Biffi no Parque do Gaúcho revolta ambientalistas desde as primeiras especulações da compra da área pela prefeitura. O principal motivo é que o terreno faz parte da bacia de captação de água da represa Maestra. Eles temem que, com a realização de grandes eventos, o solo seja compactado e dificulte a absorção da água da chuva.
- O que mais me preocupa é o aval da prefeitura. Quem deveria preservar está comprando uma área para ser destruída - desabafa o presidente do Grupo de Urbanismo e Meio Ambiente (Gruma), Orlando Michelli.
(Jornal Pioneiro, 20/03/2007)
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