O plano de erradicação do pinus no Parque Nacional da Lagoa do Peixe e entorno, como cumprimento da Ação Cível Pública sobre espécies exóticas na região, foi uma das prioridades na pauta da Superintendência do Ibama no Estado do Rio Grande do Sul (SUPES/RS), na semana de 12 a 16/03.

Foram realizadas diversas atividades envolvendo técnicos e as coordenações do Parque, Núcleo de Unidades de Conservação (NUC) e DITEC. Da DIREC participaram os analistas ambientais Carlos Homero e Patrícia Rizzi. O superintendente Fernando da Costa Marques e o Coordenador do Bioma Marinho Costeiro (DIREC/COMAR) Ricardo Castelli, participaram de todas etapas das reuniões e visitas aquela UC. Em vistorias ao Parque, eles avaliaram o trabalho até agora realizado e definiram novas ações do grupo de trabalho para uma segunda etapa do plano. Esta nova fase deverá efetivar vários programas sugeridos pela DIREC para o controle das espécies exóticas.

Para amanhã, terça-feira (20/03) está programada uma reunião no parque entre os analistas ambientais José Mário do Amaral Virué e Carlos Hormínio Rebello e Silva (DITEC), José Paulo Fitarelli e Sérgio Arraes Monteiro do NUC, para avaliar os dados obtidos até agora e levantar subsídios para o desenvolvimento das ações futuras que farão parte do plano de controle.

Segundo a chefe do PARNA, Maria Tereza Queiroz Melo, as vistorias tiveram como objetivo principal verificar como está o entorno do Parque e a existência ou não de ocupações irregulares naquela área, além de verificar o controle das exóticas no seu interior. A vistoria foi feita pela equipe da UC com auxílio da brigada de incêndio e coordenada pelo analista ambiental Rafael Martins (gerente do PREVFOGO local).

Na avaliação de Maria Tereza, este trabalho de controle das exóticas vem se desenvolvendo nos últimos meses e já alterou favoravemente o cenário da área considerada Zona Intangível pelo Plano de Manejo. Para ela, a visita dos representantes da DIREC e da SUPES/RS foi extremamente positiva, "e proporcionou grande integração entre os diversos setores envolvidos com as UC's, haja visto as dificuldades constantes dos que atuam nas pontas, além de permitir a visualização de questões, nem sempre orçamentárias, mas de reconhecimento para aqueles que são a linha de frente no combate ao ilícito e a proteção das Unidades de Conservação".

Na operação de fiscalização aérea, realizada na sexta-feira (17/03) com o helicóptero do IBAMA, foram vistoriados os acampamentos dos pescadores (autorizados pelo IBAMA) que estão trabalhando na pesca do camarão-rosa, bem como possíveis desmatamentos e áreas embargadas, entre outros.
(Por Maria Helena Annes, Ibama/RS, 19/03/2007)
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