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2001-10-30
A massa total resultante da queima de cada tonelada de lixo é de 360 quilos. Deste total, 30 quilos são metais pesados, outros 30 são um tipo de material usado para compor clínquer, que serve para asfaltar ruas (uma espécie de betume é produzido com essa massa residual). Os metais pesados resultantes do processo (30 quilos por tonelada de lixo) são destinados a aterros em minas que já não estão mais operando. Resíduos perigosos são difíceis de definir tanto quanto difíceis de tratar. Colocá-los em aterros pode implicar danos ao solo e/ou à qualidade da água que se deposita em lençóis freáticos. No Brasil, de acordo com a Companhia Tecnológica de Saneamento Básico (Cetesb), são geradas 2,7mil toneladas de resíduos perigosos por ano. Eles são assim chamados por suas características de patogenicidade, inflamabilidade, corrosividade, toxicidade. Grande quantidade desse lixo vai para aterros. Em Berlim, uma única empresa, a Markische Entsorgungsanlagen-Betriebsgesellschaft mbH (MEAB), é capaz de processar 15 toneladas por dia de resíduos perigosos. De acordo com o diretor da empresa, o engenheiro químico Bodo Lakinmacher, pelo menos a terça parte dessa quantia deve ser tratada antes da queima. Ele afirma que isso é necessário para homogeneizar os resíduos, incrementando o seu poder calorífico. - É possível produzirmos 12 megawatts de calor, quantidade o bastante para aquecer uma casa por mê, afirma. Para entregar lixo nessa planta, paga-se 5.070 marcos por tonelada. Diferentemente do incinerador da BSB, que usa gasolina ou diesel para a queima, o da MEAB não necessita desse tipo de combustível. Lakinmacher diz que, graças à combinação balanceada entre resíduos sólidos e pastosos, é possível obter o óleo da queima diretamente dos resíduos. O incinerador da MEAB, para estar em dia com as exigências tecnológicas, recebeu, em 1998, um investimento de 75 milhões de marcos. Como resultado do processo de queima, 2,3 a 2,5 toneladas de cinzas vão para uma área de mineração que não mais está em atividade. - Enviamos essas cinzas para o Norte de Frankfurt, a uma distância de cerca de 400 quilômetros daqui, explica o engenheiro. Ele garante que todas as medidas são adotadas para evitar acidentes na empresa. O último foi um pequeno incêndio, em 1974, com perdas materiais de 20 mil marcos, mas sem feridos ou mortos. - Desde então, melhoramos muito o nosso sistema de segurança, diz. Na área de armazenagem, podem ficar até 400 toneladas de resíduos, sendo que o tempo máximo de estocagem é de dois meses. Lakinmacher admite que a incineracao, mesmo produzindo CO2 (gás estufa que contribuí para o aquecimento da superficie da Terra), é uma maneira segura e efetiva de solucionar o problema dos resíduos perigosos. Ele acrescenta que a MEAB nunca foi multada e que todos os sistemas de controle computadorizados da companhia servem para garantir a manutenção das emissões em níveis compatíveis com as exigências legais. - Neste país, tudo que diz respeito a meio ambiente é regulado por lei, e nós estamos operando de acordo com a legislação, assinala. Vendo a experiência de Berlim e os avanços tecnológicos na área de incineração, é fácil perceber que a escolha de uma única forma de atacar o problema do tratamento de resíduos sólidos é uma distorção. Em muitos países, mais cedo ou mais tarde, a mentalidade das pessoas vai mudar, de forma que elas aceitem um mix de alternativas para o gerenciamento do lixo.

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